PERFIL DE MULHERES HIPOSSUFICIENTES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA PARTICIPANTES DE GRUPO DE EDUCAÇÃO E PROMOÇÃO EM SAÚDE

Autores

  • Adilson Mendes Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá, Amapá
  • Agda Ramili Sousa Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá, Amapá
  • Algerry Rego Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá, Amapá
  • Bianca Carvalho Santos Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá, Amapá
  • Carina Sena Figueiredo Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá, Amapá
  • Edilene de Nazare Monteiro Gomes Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá, Amapá
  • Isadora Oliveira Freitas Barbosa Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá, Amapá
  • Maggy Atsuko Vilhena GonÇalves Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá, Amapá
  • Marília Barros Melo Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá, Amapá
  • Kátia Jung Campos Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá, Amapá
  • Thaís Seixas Coutinho Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá, Amapá
  • Cleuton Braga Landre Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá, Amapá
  • Jhone Michel Curti Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá, Amapá

Palavras-chave:

Incontinência Urinária, Saúde Pública, Saúde da Mulher

Resumo

Introdução: Aproximadamente 200 milhões de pessoas no mundo apresentam algum tipo de Incontinência urinária (IU), ocorrendo mais em mulheres. Há vários tipos de IU, mas a de esforço (IUE) é a que mais acomete as mulheres. No estado do Amapá, não há estudos epidemiológicos abrangentes sobre IU. Entre as formas de tratamento desse tipo de IU tem-se destacado o tratamento fisioterapêutico. Objetivos: Traçar o perfil socioeconômico e clínico para um estudo epidemiológico da IU e promoção de ações de educação em saúde, voltadas para fisioterapia ginecológica para minimizar e prevenir a Incontinência urinária (IU). Materiais e Métodos: Trata-se de uma pesquisa-ação participativa, que se utiliza da educação e promoção de saúde numa perspectiva integralizadora e humanizadora em que os sujeitos são ativos e se empoderam. Duas etapas foram realizadas: 1.Diagnóstico do perfil das mulheres com IU, por meio de questionários e entrevistas. 2. Avaliação fisioterapêutica. As participantes foram selecionadas na maternidade Mãe Luzia, Macapá-AP, totalizando 100 sujeitos, divididas em 4 grupos. Resultados: Do primeiro grupo de participantes, o perfil socioeconômico das mulheres se apresentou com renda inferior a um salário mínimo. A idade varia entre 36 a 72 anos e o número de filhos se apresenta entre 0 (zero) a 14 filhos. O perfil clínico se apresenta entre o grupo de 28 mulheres, 21 (75%) que tiveram apenas partos vaginais, 6 (21,5%) partos com cesariana e 1 (3,5%) não teve filhos. 100% nunca fez nenhum tratamento para a IU. Há 4 casos de prolapso de bexiga e 1 de útero. Após avaliação observou-se 13 (46,43%) casos de Incontinência de esforço (IUE), 11(39,28%) casos de Incontinência urinária mista (IUM) e 4 (14,28%) de incontinência de urgência (IUU). 100% das mulheres relatam ter pouca ou quase nenhuma atenção médica, e nunca receberam orientação ou tratamento fisioterapêutico. Conclusão: Nessa primeira etapa dos estudos os achados feitos com as mulheres pesquisadas no estado do Amapá comprovam pesquisas em outros contextos, que as mulheres com partos vaginais apresentam maior prevalência de IUE. Além disso, demonstram ainda que as mulheres hipossuficientes têm dificuldade no acesso a tratamento da IU por uma série de fatores, entre eles a falta de informação sobre a doença, tendo o seu quadro de IUE agravado com casos de prolapso de bexiga e útero.