EXIGÊNCIAS MUSCULOESQUELÉTICAS DO TRABALHO DOCENTE EM UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA
DOI:
https://doi.org/10.18310/2358-8306.v4n7.p07Palavras-chave:
Fisioterapia. Professor. Dor musculoesquelética.Resumo
O presente estudo aborda as condições de trabalho dos docentes de uma instituição pública e suas necessidades físicas e psicológicas para/com a docência. O objetivo do estudo foi analisar as condições de trabalho dos docentes e analisar as exigências físicas que essas condições apresentam. Estudo transversal, exploratório e descritivo. O estudo foi realizado no setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná e participaram os docentes pertencentes à 11 departamentos. Para tal, foram selecionados questionários como o QSATs 2015 (Questionário Saúde e Trabalho em Atividades de Serviço, BRITO et. al., 2015) que foi adaptado e o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO) que abordaram o processo-saúde doença, sua relação com o trabalho docente, condições ambientais de trabalho e sua relação com os alunos. Foram analisados 62 questionários e 32 docentes foram orientados individualmente em seus postos de trabalho. Os dados obtidos nos permitiram analisar as condições de trabalho dos docentes universitários e como isso afeta em sua saúde e pudemos realizar orientações dos postos de trabalho para um melhor aproveitamento docente. A amostra foi composta por sua maioria do sexo feminino (64,52%), a carga horária média semanal em sala de aula foi de 9,8 horas, 72,58% dos participantes relataram sentir dores nas costas, 96,77% permanecem em posturas cansativas, 93,54% permanecem muito tempo em pé em deslocamento e 82,25% praticam exercícios físicos regularmente. Concluiu-se que grande parte dos docentes possuem chances de desenvolver doenças ocupacionais advindas de condições ergonômicas inadequadas.Referências
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