TREINAMENTO DE ESTABILIZAÇÃO CENTRAL EM ATLETAS DE TRIATHLON: UM ESTUDO CLÍNICO

Autores

  • Francinny Brandão Lacerda Centro Universitário Cesmac
  • Marilu Pereira de Macêdo Centro Universitário Cesmac
  • Aline Carla Araújo Carvalho Centro Universitário Cesmac

Resumo

INTRODUÇÃO: O triathlon exige do atleta um elevado nível de resistência física, pouco visto em outros esportes. Em competições, triatletas participam de três modalidades esportivas de forma sucessiva, sequencial e ininterrupta, fazendo com que as demandas musculares sejam esgotantes, tornado os praticantes particularmente susceptíveis ao desenvolvimento de lesões musculoesqueléticas. Sabe-se, há muito tempo, que o componente muscular do tronco ou core exerce uma forte influência com relação a estabilização do corpo. O treino de estabilização central é definido como o treinamento estabilizador do complexo lombo-pelve-quadril, tendo como filosofia potencializar a mobilidade distal, através de uma melhor estabilização proximal. OBJETIVOS: Analisar a eficiência deste programa no incremento da força do central de jovens triatletas. METODOLOGIA: Tratou-se de um estudo clínico não randomizado, composto por 30 indivíduos de ambos os sexos, praticantes de triathlon. A pesquisa foi iniciada com a triagem dos atletas através da aplicação do questionário PAR-Q. O estudo foi aprovado pelo CEP do Centro Universitário CESMAC (CEP 1387/12). A partir da assinatura do TCLE, os atletas foram distribuídos por conveniência entre os GI e GC. Cada grupo foi composto por 15 atletas. Todos os indivíduos estudados eram fisicamente ativos, sendo avaliados antes e após a aplicação do protocolo de exercícios. Todos os voluntários foram submetidos à avaliação do questionário IPAQ e do teste de abaixamento da perna estendida. O GI foi submetido ao programa exercícios do core realizado durante 20 semanas, numa frequência de uma vez por semana. O GC manteve sua rotina de treinamento esportivo. A fim de avaliar os dados colhidos, foram realizadas a verificação da normalidade através do Teste de Lilliefors e a comparação de médias foi realizada através do Teste t-Student. RESULTADOS: A pesquisa contou com 30 atletas, sendo o GC composto na sua maioria por atletas do sexo feminino e o GI por atletas do sexo masculino. A média de idade dos GI e GC foram, respectivamente, de 13,6 ± 1,45 e 13,0 ± 2,13 anos. Todos os atletas apresentavam IMC normal e IPAQ com nível de atividade física moderada em ambos os grupos. Os valores do teste de abaixamento da perna estendida do GI apresentaram algum incremento entre as medidas aferidas antes e após a intervenção. CONCLUSÃO: O treinamento não provocou as adaptações neuromusculares reportadas pela literatura sobre este tema, provavelmente em virtude da metodologia de aplicação do mesmo.