EFEITOS AGUDOS E CRÔNICOS DO EXERCÍCIO RESISTIDO EM INDIVÍDUOS COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Autores

  • Ana Carolina Pereira Nunes Pinto Universidade Federal do Amapá, Macapá-AP
  • Fernanda Gabriella de Siqueira Barros Nogueira Universidade Federal do Amapá, Macapá-AP
  • Emerson de Carvalho Campos Faculdade de Macapá, Macapá-AP

Palavras-chave:

Exercício, Insuficiência cardíaca, Segurança

Resumo

Introdução: A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma condição clínica incapacitante que provoca perda da qualidade de vida, aposentadorias precoces e elevada mortalidade, constituindo importante problema de saúde pública. Estratégias recentes que analisam custos hospitalares com internações por IC, apontam o exercício físico como recurso não farmacológico promissor para a redução de custos. Durante muitos anos o treinamento aeróbico (TA) foi escolhido como principal atividade para reabilitação cardíaca.Atualmente, estudos demontram que o treinamento resistido (TR) pode trazer benéficos a esses indivíduos. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática da literatura para identificar os efeitos do TR em indivíduos com IC. Materiais e Métodos: Realizamos uma busca em cinco bases de dados: PubMed/Medline, Lilacs, Cochrane Database of Systematic Reviews, PEDro e Scielo, com os descritores DeCS/MeSH: Resistance training e heart failure, na língua inglesa, espanhola e portuguesa. Foram incluídos estudos que abordassem a utilização do TR em pacientes adultos com IC, publicados até o mês de outubro de 2015. A pesquisa não impôs data mínima de publicação. Foram excluídos: cartas ao editor, ar¬tigos históricos, editoriais, apresentações de pôster e orais e estudos em modelos artificiais. Resultados: Foram rastreados 318 artigos. Após a exclusão dos artigos duplicados ou que não se enquadravam nos critérios estabelecidos, restaram 47. Vários benefícios potenciais do TR em pacientes com IC têm sido cada vez mais reconhecidos. Dentre eles, a melhora da qualidade de vida, força muscular, resistência muscular e capacidade funcional. Quanto à segurança em sua utilização, apesar da sobrecarga de pressão, o TR impõe menor demanda cardíaca que o TA, já que a estimativa do esforço cardíaco dada pelo duplo-produto é menor. Conclusão: O TR é uma ferramenta segura e eficaz na reabilitação de pacientes com IC. Têm maior efeito quando associado ao TA, porém deve ser orientado de maneira sistemática e individualizada por profissionais capacitados, tendo em vista a gravidade da doença e os riscos potenciais com seu uso e monitorização indevidos.