SURVEY NACIONAL: QUAL É A CONDULTA FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTES COM DERRAME PLEURAL DRENADO E NÃO DRENADO?

Autores

  • Juliana de Souza da Silva Universidade Federal do Amapá – UNIFAP, Macapá-AP
  • Elinaldo da Conceição dos Santos Universidade Federal do Amapá – UNIFAP, Macapá-AP / Universidade Cidade de São Paulo – UNICID, São Paulo-SP
  • Marcela Brito Vidal Faculdade de Macapá – FAMA, Macapá-AP
  • Marcus Titus Trindade de Assis Filho Universidade Federal do Amapá – UNIFAP, Macapá-AP
  • Moisés de Castro Monte Universidade Federal do Amapá – UNIFAP, Macapá-AP
  • Adriana Cláudia Lunardi Universidade Cidade de São Paulo – UNICID, São Paulo-SP / Universidade de São Paulo – USP, São Paulo-SP

Palavras-chave:

Técnicas Fisioterápicas, Derrame pleural, Questionário

Resumo

Introdução: A realidade da prática clínica na assistência fisioterapêutica ao paciente com derrame pleural drenado e não drenado não é conhecida. Acreditamos que técnicas de expansão pulmonar são comumente adotadas como estratégias para aceleração da reabsorção do liquido e da remoção do dreno torácico. Objetivo: Conhecer quais técnicas de expansão pulmonar são escolhidas por fisioterapeutas do Brasil para assistir pacientes com derrame pleural e comparar se há diferença de conduta em pacientes com e sem dreno torácico. Materiais e Métodos: Este survey envolveu fisioterapeutas das 5 regiões do Brasil que atuam na assistência ao paciente hospitalizado. Na 1ª etapa, desenvolvemos o questionário com questões sobre as escolhas terapêuticas no derrame pleural drenado e não drenado, e mudança de estratégia de assistência. Na 2ª etapa, 8 fisioterapeutas especialistas na temática analisaram o desenho, ambiguidades, terminologia e estrutura do questionário. Na 3ª. etapa, foram realizadas adaptações e correções. Na 4ª. etapa, enviamos convite para fisioterapeutas através dos CREFITOS e redes sociais. Descrição dos dados e qui-quadrado foram utilizados. Resultados: 300 fisioterapeutas foram convidados e 146 (76% F, 31±6 anos, 42% menos de 5 anos de experiência, 60% especialistas) responderam. Em relação à característica do hospital, 36% eram privados, 42% públicos e 22% universitários. Em pacientes com derrame pleural não drenado, as técnicas de expansão pulmonar mais usadas são cinesioterapia respiratória (86%), exercícios com pressão positiva (44%) e incentivador respiratório à fluxo (38%). Em pacientes com derrame pleural drenado, as técnicas mais usadas são cinesioterapia respiratória (95%), exercícios com pressão positiva (73%) e incentivador respiratório à fluxo (60%). Em pacientes drenados, exercícios com pressão positiva e incentivador respiratório à fluxo são mais usados (p<0,001) se comparado com os não drenados. O fisioterapeuta brasileiro muda a estratégia terapêutica se não há expansão pulmonar no radiograma (75%), se há surgimento de borbulhamento no frasco coletor (60%) ou diminuição dos murmúrios vesiculares à ausculta pulmonar (59%). Conclusão: Os fisioterapeutas acompanham a evolução do paciente usando o radiograma torácico e observação do surgimento de borbulha no frasco coletor. A cinesioterapia respiratória parece ser a técnica mais utilizada em pacientes com derrame pleural. A RPPI e o incentivador a fluxo são mais indicados no derrame pleural drenado.