ANÁLISE COGNITIVA E FUNCIONAL DE IDOSOS COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 ASSISTIDOS NO SERVIÇO DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Autores

  • Cássio Lima Esteves Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá
  • Mônica Silvia Rodrigues de Oliveira Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá
  • Ariely Nunes Ferreira de Almeida Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá

Palavras-chave:

Idoso, Diabetes, Avaliação Geriátrica

Resumo

Introdução: O crescente aumento da expectativa de vida implica em mudança no perfil sociodemogáfico, epidemiológico e do estado geral de saúde da população idosa, à qual predominantemente pode ser acometida por enfermidades como diabetes mellitus. Idosos com diabetes tendem a ter declínio da função motora e apresentam déficits cognitivos, o que tem sido motivo de preocupação e atenção nos serviços de assistência primária à saúde. Objetivos: Analisar a função cognitiva e funcional de idosos com diabetes mellitus tipo 2, assistidos em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) da cidade de Macapá-AP. Materiais e Métodos: Participaram deste estudo exploratório e quantitativo, 33 idosos, selecionados de forma semialeatória, a partir de um convite em sala de espera da UBS. Foram subdivididos em 2 grupos, grupo com diabetes e grupo sem diabetes. Todos os participantes foram submetidos ao protocolo de avaliação por meio do Mini-Exame de Estado Mental (MEEM) para análise da função cognitiva e da Escala de Katz para a análise funcional de independência em atividades da vida diária. A análise dos resultados foi realizada através do software estatístico SPSS versão 17, considerando valores de p<0,05. Resultados: A média de idade dos participantes foi de 64,8±5,7 anos (60,6% mulheres e 39,4% homens). O grupo de idosos do grupo com diabetes apresentaram pior desempenho na avaliação cognitiva quando comparado ao grupo sem diabetes (p<0,001). No entanto, não houve diferença estatisticamente significante na avaliação funcional e na correlação entre a avaliação cognitiva e funcional. Conclusão: Os idosos com diabetes apresentaram pior desempenho na avaliação cognitiva que aqueles sem a doença, sugerindo maior risco de prejuízo da função cognitiva para estes idosos. A atenção primária, por meio da atuação multiprofissional, incluindo a fisioterapia, tem exercido importante papel na assistência e controle do diabetes. As avaliações cognitivas e funcionais são importantes ferramentas diagnósticas para o planejamento de ações estratégicas de prevenção e promoção da saúde do idoso.