AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES POSTURAIS EM IDOSOS USUÁRIOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Autores

  • Bruna Alejandra Carvalho Lobato Universidade Federal do Amapá(UNIFAP), Macapá, Amapá
  • Ariely Nunes Ferreira de Almeida Universidade Federal do Amapá(UNIFAP), Macapá, Amapá
  • Tamara Silva de Sousa Universidade Federal do Amapá(UNIFAP), Macapá, Amapá

Palavras-chave:

Saúde do idoso, Envelhecimento, Fisioterapia

Resumo

Introdução: O envelhecimento traz mudanças morfofuncionais, bioquímicas e psicológicas que afetam progressivamente a capacidade de manter a independência funcional. Destarte, a postura inadequada nos idosos pode gerar uma série de disfunções articulares, ósseas e musculares. Objetivo: Avaliar a postura e a flexibilidade de idosos usuários da Unidade Básica de Saúde da UNIFAP, Macapá/AP. Materiais e Métodos: Estudo transversal, descritivo, quantitativo, no qual se utilizou um formulário para coleta dos dados sociodemográficos, clínicos, posturais e da flexibilidade. A postura foi avaliada por meio do simetrógrafo, sendo os idosos observados em vista anterior, posterior, lateral direita e esquerda, no sentido cefalocaudal. Para avaliação da flexibilidade dos membros superiores, coluna e quadril utilizou-se o Banco de Wells. Resultados: Dos 21 idosos avaliados, a maioria era do sexo feminino (71,2%), com média de idade de 68,5 anos, pardos (57,1%), escolaridade até o fundamental incompleto (52,4%), aposentados ou do lar (81%), com renda familiar de 1 a 2 salários mínimos (76,2%). As comorbidades mais presentes foram hipertensão arterial, diabetes mellitus, sobrepeso, incontinência urinária e osteoartrose. A maioria não praticava exercícios físicos (71,4%) e fazia uso de medicamentos (90,5%). O índice de massa corporal revelou sobrepeso/pré-obesidade (47,6%) e a relação cintura-quadril indicou risco cardiovascular alto (62%) e muito alto (23,8%). As principais alterações posturais foram: cabeça anteroprojetada (71,4%), inclinada lateralmente (62%) e rodada (85,7%); ombros anteroprojetados (76,2%), rodados medialmente (62%) e desnivelamento da cintura escapular (90,5%); hiperlordose cervical (52,4%), hipercifose torácica (80,9%), hiperlordose lombar (57,1%) e escoliose com presença de gibosidade (95,2%); desnivelamento da cintura pélvica (71,4%); joelho recurvado (47,6%), genu varo (33,3%) e pé plano (57,1%). No teste de flexibilidade, a maioria apresentou desempenho excelente (33,3%). Conclusão: A presença de comorbidades associadas ao sedentarismo e às alterações posturais em idosos ressalta a importância de ações de promoção à saúde que visem minimizar os efeitos deletérios oriundos desses problemas. Portanto, a fisioterapia mostra-se uma forte e importante aliada à saúde da pessoa idosa na atenção básica, pois possui um arsenal de recursos e técnicas terapêuticas capazes de promover bem-estar, saúde e melhoria na qualidade de vida desse público.