PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE MULHERES VÍTIMAS DE ESCALPELAMENTO NO AMAPÁ

Autores

  • Laís Ferreira TapajÓs Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá, Amapá
  • Débora Juliana Souza Do RosÁrio Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá, Amapá
  • Areolino Pena Matos Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá, Amapá
  • Sacid Caderard Sa Feio Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá, Amapá
  • Anneli Mercedes Celis De Cardenas Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Macapá, Amapá

Palavras-chave:

Escalpelamento, Fatores epidemiológicos, Trauma

Resumo

Introdução: O escalpelamento traumático ocasionado pela avulsão brusca do escalpo no eixo de motores em pequenas embarcações gera sequelas físicas, emocionais e psicossociais nas vítimas acometidas, especificamente na região Norte e Amazônica do Brasil. Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico de mulheres vítimas de escalpelamento traumático nos municípios de Macapá e Santana no estado do Amapá. Materiais e Métodos: Estudo descritivo com corte transversal e abordagem quantitativa. Foram incluídas 32 mulheres vítimas de escalpelamento, cuja causa se deu por tração do eixo do motor de pequena embarcação, residentes dos municípios de Macapá e Santana, Amapá, com 18 anos ou mais, cadastradas na Defensoria Pública da União no Amapá e/ou na associação de Mulheres Ribeirinhas e Vítimas de Escalpelamento da Amazônia e que tenham assinado o Termo de Consentimento Livre Esclarecido. Resultados: a média da idade foi de 36,28. 28% tinha fundamental incompleto; 56% ganhavam 1 salário mínimo; 46% mantinham uma união estável; 50% dos traumas ocorreram em um período de menos de 12 anos; 43% realizaram de 1 à 3 cirurgias. 31% realizaram de 4 à 6 cirurgias. 15% realizaram 7 ou mais cirurgias; 34% das participantes são advindas do estado do Pará onde apresentam 56 % do tipo de escalpelamento total. Conclusão: As vítimas de escalpelamento sofreram o trauma na sua maioria no estado do Pará ainda na infância sendo realizadas em média mais de seis cirurgias reparadoras. A maioria tinha nível fundamental, união estável e renda de um salário mínimo.