PACIENTES COM TRAUMA TORÁCICO SUBMETIDOS A DRENAGEM TORÁCICA NO PRONTO SOCORRO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO

Autores

  • Elinaldo da Conceição dos Santos Universidade Federal do Amapá – UNIFAP, Macapá-AP / Universidade Cidade de São Paulo – UNICID
  • Marcela Brito Vidal Universidade Federal do Amapá – UNIFAP
  • Juliana de Souza da Silva Universidade Federal do Amapá – UNIFAP, Macapá-AP
  • Marcus Titus Trindade de Assis Filho Universidade Federal do Amapá – UNIFAP, Macapá-AP
  • Fernanda Lima Melo Faculdade de Macapá – FAMA, Macapá-AP
  • Adriana Cláudia Lunardi Universidade Cidade de São Paulo – UNICID / Universidade de São Paulo – USP, São Paulo-SP

Palavras-chave:

Perfil epidemiológico, Hemotórax, Cirurgia torácica

Resumo

Introdução: O trauma torácico é uma das principais causas de morte no Brasil, classificado como contuso ou penetrante, ou ainda como fechado ou aberto. Objetivos: Traçar o perfil epidemiológico de pacientes vítimas de trauma torácico, submetidas a drenagem torácica fechada (DTF) em selo d’agua. Materiais e Métodos: Estudo descritivo, transversal e quantitativo realizado no Hospital de Emergências de Macapá-AP, no período de outubro de 2014 a março de 2015, em conformidade com a resolução 466/2012/CNS/MS cadastrado no Comitê de Ética com o protocolo 30905914.1.1001.0064. Foram incluídos neste estudo, apenas pacientes que aceitaram e que estavam drenados a menos de 24h. Foram avaliadas as características demográficas, hábitos e vícios, causas da drenagem torácica, tipo de drenagem e tempo de hospitalização. Os dados estão apresentados em número absoluto (percentual). Resultados: Fizeram parte do estudo 52 (86,6%) homens e 8 (13,4%) mulheres, idades entre 18 e 65 anos (média de 31,28 anos). 50 (83,3%) sofreram hemotórax por ferimento por arma branca (FAB), 6 (10%) hemotórax por ferimento por arma de fogo (FAF), (1,66%) hemotórax por trauma fechado e 3 (5%) empiemas. Destes, 37 eram pardos, 13 negros, 7 brancos e 3 indígenas. Haviam 47 (68,3%) tabagistas, com média de 11,36 anos de tabagismo e consumo médio de 11,83 cigarros por dia. Todos foram submetidos a drenagem torácica em selo d’agua, predominando a drenagem unilateral (98,3% dos casos), com média de 7,02 dias de internação. Conclusão: A maior causa de drenagem torácica do Hospital de Emergências é hemotórax por FAB. O tipo de drenagem usado na unidade é o unilateral e com selo d’água. As principais características das vítimas são homens jovens, pardos e tabagistas. O tempo de hospitalização para resolução do quadro é de 7 dias.