ANÁLISE DAS FORMAÇÕES COLETIVAS OFERTADAS AOS TRABALHADORES DE UM HOSPITAL PÚBLICO: O CASO DO GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.18310/2446-4813.2015v1n3p49-61Palavras-chave:
Educação em Saúde, Educação Permanente, Tecnologias do Cuidado em Saúde, Modelos Tecnoassistenciais.Resumo
Este estudo buscou analisar e descrever atividades de formação coletivas ofertadas aos trabalhadores do GHC, verificando quais tecnologias do cuidado se associam à formação de 2013. Tem-se como pressuposto que as atividades de formação refletem o modelo tecnoassistencial da instituição. Buscou-se caracterizar oferta de atividades considerando: responsáveis que as desenvolvem, analisar a oferta para as áreas meio e assistencial, e distinguir entre aquelas oferecidas institucionalmente e pelas equipes; categorias profissionais atuantes no GHC que realizaram formação; tipologias das atividades formativas ofertadas e as temáticas ofertadas e sua relação com as tecnologias do cuidado, modos de produção e modelagens tecnoassistenciais em saúde. Este estudo caracterizou-se como Estudo de Caso descritivo de análise documental com abordagem quanti-qualitativa.1 Observamos que as equipes foram as maiores responsáveis pela formação, ofertando atividades voltadas para o segmento assistência/fim. Já as institucionais foram atividades caracterizadas pela participação significativa do segmento apoio/meio. Percebeu-se, a tentativa de proporcionar atividades integrativas entre esses segmentos. Verficou-se que os trabalhadores assistenciais foram os maiores beneficiados e que trabalhadores de alguns cargos apresentam poucos concluintes considerando sua representação no GHC. As atividades mais realizadas são: Treinamento ou Capacitação, possuindo características de transmissão de conhecimento, sendo antagonista às características da educação permanente, refletindo nos resultados das tecnologias do cuidado. Os resultados tecnologias leve/duras, representaram o maior quantitativo das formações, seguida pelas tecnologias duras, o que reflete o modelo tecnoassistencial hegemônico na instituição. Espera-se que este estudo possa servir de reflexão para contribuir para qualificar os processos de formação coletivos realizados no GHC.Referências
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