HISTÓRIA DE QUEDAS E PERFIL INFLAMATÓRIO EM IDOSOS COM DOR LOMBAR CRÔNICA

Autores

  • Daniele Sirineu Pereira Universidade Federal de Alfenas; Universidade Federal de Minas Gerais. Autor
  • Isabella de Paula Ribeiro Argôlo Universidade Federal de Alfenas; Universidade Federal de Minas Gerais. Autor
  • Nayza Maciel de Britto Rosa Universidade Federal de Alfenas; Universidade Federal de Minas Gerais. Autor
  • Diogo Carvalho Felício Universidade Federal de Alfenas; Universidade Federal de Minas Gerais. Autor
  • Bárbara Zille de Queiroz Universidade Federal de Alfenas; Universidade Federal de Minas Gerais. Autor
  • Juscélio Pereira da Silva Universidade Federal de Alfenas; Universidade Federal de Minas Gerais. Autor
  • Sílvia Lanziotti Azevedo da Silva Universidade Federal de Alfenas; Universidade Federal de Minas Gerais. Autor
  • Leani Souza Máximo Pereira Universidade Federal de Alfenas; Universidade Federal de Minas Gerais. Autor

Resumo

INTRODUÇÃO: A DL, definida como dor, tensão ou rigidez localizada na região compreendida entre as últimas costelas e a linha glútea, é um dos sintomas mais comuns em idosos, embora sua prevalência seja pouco conhecida nesta população. Em idosos, a DL tem sido relacionada com consequências negativas, incluindo redução da função física, aumento da incapacidade e da probabilidade de quedas. A idade avançada está associada ao desequilíbrio na produção de citocinas, ocasionando um processo inflamatório sublimiar crônico com aceleração do catabolismo protéico, sarcopenia, maior incapacidade e agravamento de doenças crônicas, como a dor lombar (DL). Níveis aumentados de mediadores inflamatórios foram detectados em processos dolorosos da coluna. Estudos indicaram ainda uma associação entre os elevados níveis sistêmicos dessas citocinas com a incapacidade e fatores prognósticos da DL. Contudo, poucos estudos têm investigado a relação entre a ocorrência de quedas e o perfil inflamatório em idosos com dor lombar. OBJETIVOS: O objetivo desse estudo foi comparar a ocorrência de quedas, o desempenho em testes de equilíbrio e o perfil inflamatório entre idosos com e sem queixa de dor lombar crônica. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional, transversal, com amostra de conveniência de 176 idosos da comunidade (70,9±4,7 anos), divididos em dois grupos, com (GDL= 88) e sem (GSDL= 88) dor lombar. Os dados sociodemográficos, dor lombar e história de quedas foram obtidos por um questionário estruturado, aplicado por pesquisadores treinados. O equilíbrio foi avaliado pelo teste de apoio unipodálico e as dosagens plasmáticas da interleucina-6 (IL-6) e receptor solúvel do TNF-? (sTNFR1) foram determinadas pelo método de Elisa. Para comparação das variáveis estudadas entre os grupos foi usado o teste não paramétrico de Mann Whitney, considerando alfa de 5%. O estudo foi aprovado pelo COEP (ETIC:038/2010). RESULTADOS: Não houve diferença entre os grupos quanto às variáveis sociodemográficas e antropométricas (p>0,05). Houve diferença significativa entre idosos com e sem DL nas variáveis história de quedas no último ano (p =0,001) e desempenho no teste de apoio unipodálico (p= 0,004). Em relação às dosagens plasmáticas de IL-6 e sTNFR1 não foi observada diferença significativa entre os grupos (p>0,05; IL-6: GDL= 2,03±2,9 GSDL=2,1±3,5; sTNFR1: GDL=1093,5±492,81; GSDL=1119,6±519,0). CONCLUSÃO: Idosos com DL apresentaram maior ocorrência de quedas no ano anterior, além de pior desempenho no equilíbrio comparado a idosos sem DL. Esses resultados sugerem que a DL está relacionada a alterações nos componentes relacionados ao controle postural, indicando a necessidade de abordagem mais criteriosa com intuito de prevenir as quedas nesses pacientes. Por outro lado, o perfil inflamatório não diferiu entre os grupos avaliados.