Narrativas de cuidadores do serviço de atenção domiciliar em Manaus sobre educação permanente na saúde
DOI:
https://doi.org/10.18310/2446-4813.2022v8n3p313-327Keywords:
Educação permanente. Política pública. Educação em saúde.Abstract
O principal objetivo desse estudo foi descrever e analisar narrativas de cuidadores designados e atuantes no Serviço de Atenção Domiciliar, Programa Melhor em Casa em Manaus-Am, concernente a apropriação da política nacional de educação permanente em saúde, e sua aplicabilidade em contexto sociocultural específico. A pesquisa concentrou-se em analisar as narrativas desses cuidadores nos aspectos chaves de: entendimento da política de educação permanente em saude (EPS); das participações destes em atividades educativas direcionadas ao serviço estudado; suas participações no planejamento de atividades educativas; suas propostas de temas a serem trabalhados sob a lógica da EPS; e principais desafios para que processos de trabalho ocorram no serviço tendo a EPS como princípio orientador. As narrativas produzidas durante as entrevistas individuais foram analisadas através da metodologia do discurso do sujeito coletivo de Lefèvre e apontam para a inexistência por parte de cuidadores da apropriação conceitual e metodológica da política oficial de Educação Permanente em Saúde e questiona se o abismo para se chegar a uma das principais características dessa política – a capilaridade – pode ser ultrapassado no trabalho vivo em ato no contexto pesquisado.
References
Referências
Rajão, FL. Martins, M. (2020). Atenção Domiciliar no Brasil: estudo exploratório sobre a consolidação e uso de serviços no Sistema Único de Saúde. Ciência & Saúde Coletiva; 25 (5):1863-1876.
Braga, PP. Sena RR, Seixas, CT, Castro EAB, Andrade AM, Silva YC. (2016). Oferta e demanda na atenção domiciliar em saúde. Cien. Saude Colet; 21 (3):903-912.
Brasil. Portaria no 198 GM/MS, de 13 de fevereiro de 2004. (2004). Institui a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia do Sistema Único de Saúde para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores para o setor e dá outras providências. Diário Oficial da União; 14 fev.
Neotti, A. (1972). Perspectivas da Educação Permanente. Dissertação. Fundação Getúlio Vargas. Instituto de Estudos Avançados em Educação: Rio de Janeiro.
Lemos, CLS. (2016) Educação permanente em saúde: educação ou gerenciamento permanente? Ciência & Saúde Coletiva; 21 (3):913-922.
Educadores. (1971). Revista Latino-Americana de Educación, La Plata. Ano XIV. n. 15 jan/fev. p. 62.
Educadores. (1972). Revista Latino-Americana de Educación, La Plata. Ano XV. n. 93, mayo/junio, p. 247.
Ceccim, RB. (2005). Educação permanente em saúde: descentralização e disseminação de capacidade pedagógica na saúde. Ciência & Saúde Coletiva; vol. 10, num. 4, outubro/dezembro, pp. 975-986.
Schweickardt, JC, Lima, RTS, Ceccim, RB. Ferla, AA. Chaves, SE. (2015). Educação Permanente em gestão regionalizada da saúde: Saberes e fazeres no território do Amazonas. Editora Rede Unida. 1ª edição. Porto Alegre.
Gomes, R, Lima, VV. (2019). Narrativas sobre processos educacionais na saúde. Ciência & Saúde Coletiva; 24 (12): 4687-4698.
Friedrich, J. Lev Vigotski, (2012). Mediação, aprendizagem e desenvolvimento: uma leitura filosófica e epistemológica. Trad. Ana Rachel Machado e Eliane Gouvêa Lousada. Campinas, SP: Mercado de Letras.
Vigotsky, LS, Luria, AR, Leontiev, AN. (2010). Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. Trad. Maria da Pena Villalobos. 11ª ed. São Paulo: Ícone.
Campos, GWS. (2003). Paidéia e modelo de atenção: um ensaio sobre a reformulação do modo de produzir saúde. Olho mágico, v. 10, n.2, p. 7-14.
Thiollent, M. (2017). Pesquisa-ação e pesquisa participante: uma visão de conjunto. In: STRECK, Danilo R., SOBOTTKA, Emil A., EGGERT, Edla. Conhecer e transformar: pesquisa-ação e pesquisa participante em diálogo internacional. 1. Ed. – Curitiba-PR: CRV.
Lefèvre, F, Lefèvre, AM. C. (2014). Discurso do sujeito coletivo: representações sociais e intervenções comunicativas. Texto Contexto Enferm, Florianópolis. Abri-Jun; 23 (2): pp. 502-7.
Camozzato, VC, Costa, MV. (2017). A educação permanente e as impermanências na educação. Educar em Revista; Curitiba, Brasil, Edição Especial n. 1, p. 153-169, jun.
Davini, MC. (2009). Enfoques, problemas e perspectivas na educação permanente dos recursos humanos de saúde. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação em Saúde, Brasília: Ministério da Saúde.
Ceccim, R B, Ferla, AA. (2008). Educação permanente em saúde. In: Pereira, IB.; Lima, JCF. (Orgs.). Dicionário da Educação Profissional em Saúde. 2. ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: EPSJV,. p. 162-168.
Freire, P. (1998). Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra.
Mendes, EV. (2011) As redes de atenção à saúde. 2ª ed. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde.
Mendes, EV. (2012). O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da estratégia saúde da família. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde.
Ferla, AA. (2002). Clínica nômade e pedagogia médica mestiça: cartografias de ideias oficiais e populares em busca de inovações à formação e à clínica médicas. (Tese de doutorado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul-RS. Faculdade de Educação. Programa de Pós Graduação em Educação, Porto Alegre.
Ferla AA. (2004). Participação da população: do controle sobre os recursos a uma produção estética da clínica e da educação em saúde. PHISYS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 14 (1):85-108.
Cunha DA. Silva, IR. (2021). Narrativas de profissionais de saúde da atenção domiciliar em Manaus sobre educação permanente. Revista Valore, Volta Redonda, 6, e-6008.
Cunha DA. Braule Pinto ALC. Nunes KAS. Baptista GC. Mendes MFM. Ferla, AA. (Orgs.). (2021). Inovações no cotidiano da saúda na Amazônia: encontros do trabalho com a educação permanente e a humanização. 1ª Ed. Editora Rede UNIDA: Porto Alegre-RS.
Cunha DA. (2020). Aprender a interagir: tensões e lições da educação permanente em saúde na atenção domiciliar na secretaria de estado de saúde do Amazonas. Tese de doutorado, Universidade Federal do Amazonas, Manaus-AM, Brasil.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Os direitos autorais para artigos publicados neste periódico são do autor, com os direitos de publicação para o periódico. Este periódico é de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no link a seguir https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR).
