A INFLUÊNCIA DA VARIÁVEL DOR NA QUALIDADE DE VIDA DAS MULHERES VÍTIMAS DE ESCALPELAMENTO DO ESTADO DO AMAPÁ

Autores

  • Débora Juliana Souza do ROSÁRIO Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Laís Ferreira TAPAJÓS Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Sacid Caderard Sá FEIO Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Anneli Mercedes Celis de CARDENAS Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Vânia Tie Koga FERREIRA Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.
  • Areolino Pena MATOS Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá.

Palavras-chave:

Trauma, Qualidade de Vida, Dor.

Resumo

Introdução: No norte do Brasil, mais especificamente na região Amazônica, o escalpelamento é um trauma que ocasiona grande impacto na vida das vítimas. As sequelas acarretam sofrimentos físicos, emocionais e psicossociais afetando diretamente aspectos pessoais, sociais e econômicos, tornando-se um relevante problema de saúde pública. Objetivo: Avaliar a correlação entre a dor e a qualidade de vida de mulheres vítimas de escalpelamento. Métodos: Trata-se de um estudo transversal. A amostra foi composta por 37 mulheres, vítimas de escalpelamento, com idade igual ou superior a 18 anos e residentes na cidade de Macapá e Santana/AP, foi aplicado o World Health Organization Quality of Life Questionnaire (WHOQOL-BREF) para avaliação da qualidade de vida e Escala Visual Analógica para quantificar a intensidade de dor. A correlação entre as variáveis foi verificada usando o teste de correlação de Spearman (p < 0,05). Resultados: A média de idade 36,7 (±14,6) anos. As maiores ocorrências do trauma foram na infância, com média de 14,5 anos (±9,5). A qualidade de vida global apresentou média de 58,5 (±12,1), no domínio físico o valor médio foi 53,6 (±16,1) e intensidade da dor foi 7,3 (±2,3). Verificou-se correlação entre o domínio físico da qualidade de vida e a intensidade da dor (r = -0,369; p = 0,025). Conclusão: A intensidade da dor pode interferir na qualidade de vida de mulheres vítimas de escalpelamento, indicando que quanto mais intensa é a dor, pior é a qualidade de vida. Neste sentido, respalda a necessidade de intervenção multiprofissional incluindo o fisioterapeuta, visto que este tem o domínio de métodos e técnicas que podem proporcionar redução da dor e melhorar a qualidade de vida.