AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE E QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES ONCOLÓGICOS SUBMETIDOS AO TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO
Abstract
Introdução: O câncer é uma enfermidade crônica e multicausal, seu diagnóstico traz mudanças na sobrevida dos pacientes com relevantes alterações. A interação entre os fatores relacionados ao estado emocional e atividade diária com à própria doença e seu tratamento, representa uma combinação que interfere na funcionalidade do paciente oncológico, contribui para o declínio da qualidade de vida, e gera insatisfação do indivíduo com sua realidade familiar, social e ambiental. Grande parte dos pacientes apresentam perda de energia, alterações metabólicas, redução da capacidade física. Dessa maneira, resulta restrições para atividades diárias, resultando em maior perda do desempenho motor e fisiológico. À medida que tais eventos se perpetuam, há um aumento da incapacidade funcional, agindo diretamente na autonomia dos pacientes, tornando-os dependentes e privando-os de realizar suas atividades básicas e instrumentais cotidianas. Objetivo: O objetivo do estudo foi avaliar a funcionalidade e a qualidade de vida de pacientes oncológicos, submetidos ao tratamento quimioterápico. Metodologia: Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa sob número 2.246.601, participaram do estudo uma amostra aleatória de 32 pacientes de ambos os sexos, idade superior a 18 anos, em tratamento adjuvante e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram excluídos os pacientes com presença de alterações cognitivas que impossibilite a realização da avaliação e pacientes que optaram por não responder os questionários apresentados. O perfil sócio demográfico dos pacientes foi coletado a partir de uma ficha de avaliação, a qualidade de vida foi avaliada através do questionário Short Form-36 (SF-36) e a capacidade funcional foi avaliada pelo índice de Karnofsky. Utilizou-se análise descritiva, com tabelas de resumos de dados, porcentagem, média e desvio padrão. Resultados: Foram observadas médias de idade com idade média de 55 ± 11 anos, com predomínio do câncer no sexo feminino 23 (71,9%) e o tipo de câncer mais prevalente na amostra foi o de mama (47%), seguido pelo colo de útero (13%), estômago (6%), e outros (33%). Na análise da qualidade de vida obteve-se resultados negativos nos domínios limitações por aspectos físicos e emocionais. Os dados descritivos relativos à Escalas de Karnofsky, obteve escore com média 70, sendo considerado uma alteração razoável na capacidade funcional dos pacientes oncológicos. Conclusão: Conclui-se que as neoplasias exercem influência negativa na qualidade de vida dos pacientes, considerando que está diretamente relacionada ao tratamento, e tratando-se de um processo de percepção e de satisfação do indivíduo com sua realidade familiar, social e ambiental. Todavia, não interfere totalmente na funcionalidade dos mesmos.Issue
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Trabalhos de Pesquisa - Eixo I Atenção Integral à Saúde
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