INFLUÊNCIA DA PARTICIPAÇÃO FAMILIAR NA ADESÃO E EFETIVIDADE DA REABILITAÇÃO NO PROJETO RESPIRA

Autores

  • Bianca Espinosa dos Santos INSTITUTO INTEGRADO EM SAÚDE; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
  • Giovanna Campos Santos INSTITUTO INTEGRADO EM SAÚDE; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
  • Lohanna Chrystina dos Santos Antunes de Macedo INSTITUTO INTEGRADO EM SAÚDE; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
  • Ana Gabriela Porfírio Félix INSTITUTO INTEGRADO EM SAÚDE; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
  • Ingrid Barbosa Ferreira INSTITUTO INTEGRADO EM SAÚDE; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
  • Leila Simone Foerster Merey INSTITUTO INTEGRADO EM SAÚDE; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
  • Juliana Teixeira de Almeida INSTITUTO INTEGRADO EM SAÚDE; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

Resumo

Introdução: O Projeto Respira é um projeto de extensão vinculado à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, que oferece atendimento de fisioterapia cardiorrespiratória a nível secundário voltado para pediatria e neonatologia, realizados três vezes na semana por acadêmicos do curso de fisioterapia com a supervisão de uma docente responsável e da fisioterapeuta técnica da Clínica Escola Integrada. Devido a grande demanda de casos crônicos, torna-se necessária a capacitação e designação de funções aos familiares. A vinculação da família na terapêutica ambulatorial com a criança é essencial no processo de adesão visando à efetividade da intervenção. Descrição: Tendo em vista que a Política Nacional de Humanização do SUS implica no envolvimento dos trabalhadores da saúde, gestores e usuários em um pacto de corresponsabilidade baseado em contratos e compromissos para promoção de saúde, a melhor forma de conseguir isso é corresponsabilizando a família, pactuando ações interligadas na intervenção, a fim de melhorar a efetividade e diminuir o tempo de tratamento, além de combater agudizações de problemas crônicos. Durante os sessões, são realizadas orientações por meio de cartilhas e diálogo acerca dos tratamentos, cuidados domiciliares sobre diversos temas entre outras demandas que surgem no decorrer dos atendimentos. Também são realizadas rodas de conversa para divulgação do saber científico de forma acessível, gratuita e aberta ao público. As educações em saúde com as famílias permitem a inclusão dos mesmos na terapêutica, de maneira que favorecem a aderência ao tratamento e promovem maior vínculo tanto com o terapeuta como com o próprio paciente devido maior conhecimento acerca do caso clínico. Impactos: A partir disso, notamos uma melhora considerável nas relações interpessoais que contribuiu para o tratamento mostrando mudanças positivas de prognósticos. Alguns pais relataram que se sentiam impotentes devido a não saber como ajudar efetivamente no controle da enfermidade de seus filhos, e com a inclusão da família no tratamento, puderam ter uma papel mais ativo na saúde de seus filhos. Notou-se também que a partir da adesão no tratamento, as famílias ampliaram seus conhecimentos sobre as característica das doenças, e principalmente sobre a importância do tratamento fisioterapêutico. Considerações: Com a adesão dos pais ao tratamento, foi possível observar a melhora clínica nos casos atendidos, aumento da frequência aos atendimentos, aprimoramento do vínculo com os pais assim como a corresponsabilização do tratamento fornecendo uma experiência singular pois, a responsabilização e orientações ao paciente e seus familiares acerca do tratamento permitiram aprimorar o olhar ampliado e o cuidado domiciliar, fugindo do atendimento tecnicista de apenas tratar doenças.