EFEITOS DE UM TREINAMENTO RESPIRATÓRIO EM UMA PACIENTE COM FIBROATELECTASIAS LAMINARES - RELATO DE CASO

Authors

  • Luara Moreira da Silva
  • Carla Francielly Santos Chaves
  • Emile Assunção Pirajá
  • Itamara Pereira Silva
  • Tainara Gonzaga Gonçalves
  • Paloma Andrade Pinheiro

Abstract

INTRODUÇÃO: Atelectasia é uma complicação respiratória decorrente da obstrução de um brônquio, impedindo a passagem do ar e levando à diminuição do número de alvéolos funcionantes. A fisioterapia respiratória pode atuar tanto na prevenção quanto no tratamento das atelectasias, utilizando-se de diversas técnicas. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Paciente do sexo feminino, 49 anos e casada, apresentou queixa de cansaço e fadiga que compromete as atividades básicas da vida diária, diagnosticada com fibroatelectasias laminares na língula e lobo médio de causa idiopática. Foi submetida a um programa de fisioterapia cardiorrespiratória na Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Ao exame físico, apresentou risco muito alto de desenvolver doença cardiovascular com Relação Cintura-quadril (RCQ)=0,95, obesidade grau I com Índice de Massa Corpórea (IMC)=34,65, frequência cardíaca (FC) em repouso de 80 bpm e manuvacuometria Pimáx: 4 cmH 2 O e Pemáx: 32 cmH 2 O (sendo o previsto para idade/sexo Pimáx: 88,50 cmH 2 O e Pemáx: 88,27 cmH 2 O). A paciente foi treinada durante dois meses consecutivos, três vezes por semana, com aproximadamente uma hora por sessão. Os exercícios físicos desenvolvidos eram constituídos de exercícios respiratórios como inspiração máxima sustentada, suspiros inspiratórios, inspiração em três tempos associado ao uso de bastão em membros superiores, alongamento de membros superiores e inferiores, caminhada na esteira com período progressivo de 5 até 25 minutos, e hidroterapia. Os parâmetros utilizados para limitação da intensidade dos exercícios foram inferidos através da Escala de Esforço Subjetivo de Borg inferior a 13, e a zona da FC de treino entre 50 a 70% da FC máxima. A avaliação da pressão arterial, FC, frequência respiratória e saturação arterial de O 2 foram realizadas em todos os atendimentos antes e após os exercícios. IMPACTOS: Observou-se aumento da tolerância aos exercícios após os dois meses, com progressão do tempo da caminhada na esteira e diminuição do cansaço. CONSIDERAÇÕS FINAIS: A prática de exercícios físicos monitorados possibilitou a melhora no condicionamento cardiorrespiratório da paciente e consequentemente melhor qualidade de vida.