FORMAÇÃO PARA O TRABALHO NO SUS: UM OLHAR PARA O NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA E SUAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS
DOI:
https://doi.org/10.18310/2358-8306.v4n7.p15Keywords:
Saúde Pública. Universidade. EducaçãoAbstract
A criação da Estratégia de Saúde da Família (ESF) ampliou a cobertura assistencial e evidenciou a necessidade de agregar profissionais de distintas áreas para assegurar a integralidade na atenção à saúde. O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) surge assim trazendo a necessidade de que o modelo de ensino em saúde vigente no Brasil esteja de acordo com os princípios do SUS. O objetivo foi analisar a percepção dos acadêmicos do último período dos cursos de graduação da UFPE, que atuam no NASF, sobre os impactos de suas formações na aquisição de competências e saberes para atuação no NASF. Trata-se de um corte transversal, envolvendo 68 acadêmicos dos cursos de Graduação em saúde da UFPE. Foi realizado entre março e dezembro de 2015. Na coleta de dados utilizou-se um questionário semiestruturado, construído pelos pesquisadores. O currículo contemplou disciplinas que possibilitaram a formação para a atuação na Atenção Primária a Saúde, porém a preparação teórica e prática foram consideradas insuficientes para a atuação com segurança. As disciplinas de Saúde Pública e Coletiva foram a principal potencialidade presente nos currículos (39,70%), porém, a percepção dos acadêmicos ainda mostra a necessidade de mudanças para uma melhor atuação profissional no SUS.References
Haddad AE, Morita MC, Pierantoni CR, BrenelliI SL, Passarella T, Campo FE. Formação de profissionais de saúde no Brasil: uma análise no período de 1991 a 2008. Rev. Saúde Pública. 2010;44(3):383-393.
Nascimento DD, Oliveira MAC. Reflexões sobre as competências profissionais para o processo de trabalho nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Mundo saúde (Impr.) . 2010;34(1):92-96.
Formiga NF, Ribeiro KS. Inserção do Fisioterapeuta na Atenção Básica: uma Analogia entre Experiências Acadêmicas e a Proposta dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). Rev. bras. ciênc. saúde . 2012;16(2):113-122.
Barbosa EG, Ferreira DLS, Furbino SAR. Experiência da fisioterapia no Núcleo de Apoio à Saúde da Família em Governador Valadares, MG. Fisioter. mov. 2010;23(2):323-330.
Souza MC, Bomfim AS, Souza JN, Franco TB. Fisioterapia e Núcleo de Apoio a Saúde da Família: conhecimento, ferramentas e desafios. Mundo saúde (Impr.) . 2013;37(2):176-184.
Silva AG, Alves CA. Modelos tecnoassistenciais em saúde: o debate no campo da saúde coletiva. In Morosini MV. (Org). Modelos de atenção e a saúde da família. Rio de Janeiro, p. 27-41, 2007. Disponível em:<http://www.retsus.fiocruz.br/upload/publicacoes/pdtsp_4.pdf> Acesso em: 24 dez.2013
Pagliosa FL, Ros MA. O Relatório Flexner: Para o bem e para o mal. Rev. bras. educ. méd. 2008;32(4):492–499.
Brasil. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. DCN dos Cursos de Graduação em Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional. Parecer CNE/CES n° 1210. Diário Oficial da União, Brasília. 2001. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pces1210_01.pdf>. Acesso em: 21 dez. 2013.
Recine E, Gomes RC, Fagundes AA, Pinheiro ARO, Teixeira BA, Sousa JS, Toral N, Monteiro RA. A formação em Saúde Pública nos cursos de graduação de Nutrição no Brasil. Rev. nutr. 2012;25(1):21-33.
Pires ACT, Braga TM. O psicólogo na saúde pública: formação e inserção profissional. Temas psicol. 2009;17(1):151-162.
Gil CR. Formação de recursos humanos em saúde da família: paradoxos e perspectivas. Cad. saúde pública. 2005;21(2):490-498.
Rego STA. Além do discurso de mudança na educação médica: processos e resultados. Interface comun. saúde educ. 2003;7(12):169-70.
Ferreira RC, Fiorini VM, Crivelaro E. Formação Profissional no SUS: o Papel da Atenção Básica em Saúde na Perspectiva Docente. Rev. bras. educ. méd. 2010; 34(2): 207-215.
Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. AprenderSUS: o SUS e os cursos de graduação da área da saúde. Brasília, 20 p, 2004.
Rocha VM, Caldas MAJ, Araújo FRO, Ragasson CAP, Santos MLM, Batiston AP As diretrizes curriculares e as mudanças na formação de profissionais fisioterapeutas. Fisioter. Bras. 2010;11(5):4-8.
Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Cadernos de Atenção Básica, Brasília, n. 27, 160 p, 2009. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_basica_diretrizes_nasf.pdf>. Acesso em: 15 jan. 2014
Albuquerque VS, Gomes AP, Rezende CHA, Sampaio MX, Dias OV, Lugarinho RM. A integração ensino-serviço no contexto dos processos de mudança na formação superior dos profissionais da saúde. Rev. bras. educ. méd. 2008;32(3):356-362.
Novo LF. Um olhar sob o prisma da responsabilidade social da universidade e a função da EAD como agente responsabilizador da IES perante a sociedade. IX Colóquio Internacional sobre Gestão Universitária na América do Sul, Florianópolis, 2009.
Bispo Júnior JP. Formação em fisioterapia no Brasil: reflexões sobre a expansão do ensino e os modelos de formação. Hist. ciênc. saúde-Manguinhos. 2009;16(3):655-668.
Bolzan DP, Isaia SM, Maciel AM. Formação de professores: a construção da docência e da atividade pedagógica na Educação Superior. Rev. Diálogo Educ. 2013;13(38):49-68.
Ceccim RB, Feuerwerker LCM. O quadrilátero da formação para a área da saúde: ensino, gestão, atenção e controle social. Physis (Rio J.). 2004;14(1):41-65.
Downloads
Published
Issue
Section
License
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob aLicença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.