MICROCEFALIA: ESTIMULAÇÃO PRECOCE, ESTUDO DE CASO

Autores/as

  • Angelo Augusto Paula do Nascimento UNIRN
  • Carla Ismirna Santos Alves UNIRN
  • Kaline Dantas Magalhìes UNIRN
  • Andrƒ Luiz Lima Barreto UNIRN
  • Jefferson Lima Nascimento da Silva UNIRN
  • Brenda Karoline Farias Diîgenes UNIRN
  • Bçrbara Karine do Nascimento Freitas UNIRN
  • Maiza Talita da Silva e Mirela Silva dos Anjos UNIRN

Resumen

INTRODUÇÃO: O Ministério da Saúde confirmou a relação entre o Zika vírus e o surto de casos de microcefalia no nordeste do país em 2015 e que a contaminação pelo vírus pode se dá desde o período critico dos primeiros três meses de gravidez até o final da gestação. As crianças com microcefalia apresentam com frequência deficiências simultâneas como: síndrome de West, déficit visual, artrogripose e atraso no desenvolvimento neuromotor. Não há uma cura definitiva para a microcefalia, mas a estimulação precoce nos três primeiros anos de vida favorece ao desenvolvimento das aquisições motoras e melhora a qualidade de vida das crianças com a síndrome congênita do Zika vírus. OBJETIVO: O presente estudo tem por objetivo apresentar a evolução de uma criana com síndrome congnita do Zika vírus atendida no Projeto de Extensão em Estimulação Precoce do Centro Universitário do rio Grande do Norte (PROEESP-UNIRN). METODOLOGIA: O trabalho foi realizado com base em estudos de artigos acadêmico encontrados no banco da Scielo e Revista Cientifica Eletrônica. Após a revisão bibliográfica esses artigos foram discutidos e analisados para melhor embasamento sobre a condição da doença. Para avaliação do padrão neuromotor da criança utilizou-se a ficha de avaliação fisioterapêutica em pediatria das Clínicas Integradas do UNIRN para definir o diagnostico cinético funcional tendo como propósito a orientação do trabalho de estimulação precoce da criança. RESULTADO: Na avaliação observou-se hipertonia espástica, presença de reflexos primitivos como preensão palmar e tônico cervical assimétrico. Com relação às aquisições motoras a criança apresentou apenas o controle cervical anterior e posterior. Diante do quadro foram estabelecidas algumas diretrizes para a reabilitação das complicações primárias e secundárias advindas da patologia como: cinesioterapia motora em solo e piscina aquecida com base na mobilização intra-articular (punho, dedos e cotovelo), alongamentos, terapia de contensão do membro n‹o acometido, com intuito de estimular as atividades funcionais com o braço "esquecido", atividades para estimular o desenvolvimento motor para cada trimestre com objetivo de priorizar a independência funcional da criança dentro de suas possibilidades e prescrição de órteses de posicionamento. Após 18 meses de atendimento observou-se atenuação dos reflexos primitivos, aquisição do rolar, melhora do alcance, sedestação e início da habilidade de arrastar. CONCLUSÃO: Este estudo oferece dados que contribuem para o conhecimento da microcefalia e suas manifestações adversas, além de demonstrar que o protocolo de tratamento utilizado mostrou-se eficaz, pois, após 18 meses de atendimento, percebeu-se que o paciente obteve melhora parcial da função neuromotora. Este resultado ressalta também o papel da fisioterapia na estimulação precoce contribuindo efetivamente para o bem-estar da criança e da família. Ressaltamos, com os resultados alcançados, a importância do programa de estimulação precoce desde os primeiros anos de vida, afirmando sua influência na maturação motora e sensitiva das crianças com microcefalia.