FRAGILIDADE DE IDOSOS ASSISTIDOS POR UMA OPERADORA DE SAÚDE

Autores/as

  • Osni Antonio Stein Junior ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Luciana Carrupt Machado Sogame ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM

Resumen

Introdução: De acordo com o Estatuto Nacional do Idoso é considerado idoso o indivíduo que tenha 60 anos ou mais de idade. Esta população tem aumentado gradativamente, haja vista que a taxa de natalidade e de mortalidade precoce vem diminuindo. Fragilidade faz referência à vulnerabilidade apresentada pelo idoso durante o enfrentamento de situações adversas que podem ou não colocar sua saúde em risco. Considera-se nesta pesquisa que fragilidade é a redução da capacidade de adaptação as agressões biopsicossociais, aumentando sua vulnerabilidade e declinando suas capacidade funcionais. Suspeitando-se que a fragilidade é uma situação comum em indivíduos da terceira idade, com possível impacto em sua independência, torna-se de suma importância sua avaliação. O trabalho em equipe multidisciplinar e interdisciplinar também é fundamental e está presente nas diretrizes e protocolos estabelecidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Esta institui que o cuidado multiprofissional é fundamental para a saúde do idoso, objetivando a melhora da funcionalidade deste indivíduo, cabendo a cada operadora de saúde a formação e o fornecimento desta equipe a seus clientes. Objetivo: Verificar o perfil sociodemográfico e a fragilidade de idosos assistidos por uma operadora de saúde na cidade de Vitória/E.S. Metodologia: Pesquisa observacional, transversal de indivíduos acima dos 60 anos que foram atendidos no ambulatório da operadora no mês de Janeiro de 2018. Para caracterizar as condições sociodemográficas foram coletadas informações quanto a: idade, sexo e estado civil. A avaliação da fragilidade foi realizada através da aplicação do questionário Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional-20, onde considera-se a seguinte estratificação: 0 a 6 baixo risco, 7 a 14 pontos risco moderado e ? 15 pontos alto risco. Resultados: Foram avaliados 79 idosos com média de idade de 70 anos, sendo 78% do sexo feminino e 22% do masculino. Em relação ao estado civil 9% eram solteiros, 48% casados, 37% viúvos e 6% divorciados. Quanto ao perfil de fragilidade identificamos 44 idosos (56%) com baixo risco, 18 idosos com risco moderado (23%) e 17 idosos com alto risco (21%). A média da pontuação do IVCF-20 foi de 8, pontuação que se enquadra na categoria de risco moderado. Conclusão: Ao olharmos o idoso assistido por uma instituição particular de saúde, podemos notar que grande parte encontra-se com baixo risco de fragilidade, o que pode ser devido, em parte, à assistência proporcionada a estes. Porém, idosos com risco moderado podem futuramente se tornar de alto risco, caso nenhuma intervenção seja realizada, mais especificamente uma intervenção multidisciplinar. Os idosos que se encontram em alto risco devem ser incluídos num programa de saúde, onde todos os aspectos biopsicosociais são levados em conta, bem como torná-lo agente da mudança e do cuidado com sua saúde.