ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO NO SERVIÇO PÚBLICO JURÍDICO

Autores/as

  • Gabriela de Almeida Tormes UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR
  • Ellen Larissa Bail UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR
  • Lucas Gilinski da Cunha UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR
  • Ana Júlia Lisboa UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR
  • Acácio Lustosa UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR
  • Arlete Ana Motter UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR

Resumen

Introdução: A Análise Ergonômica do Trabalho visa avaliar as relações existentes entre as demandas de doenças, acidentes e produtividade com as condições de trabalho, sistemas e organização do trabalho (NR-17). É caracterizada como uma intervenção no ambiente de trabalho, para estudo dos desdobramentos e consequências físicas e psicossociais decorrentes da atividade humana no meio produtivo, e composta de três fases principais: Análise da demanda, Análise da tarefa e a Análise da atividade, além dos diagnósticos e recomendações. Descrição: A AET foi realizada na Procuradoria Geral do Estado do Paraná (PGE) - Grupo Orçamentário e Financeiro Setorial (GOFS), durante 6 visitas. Após a análise da demanda, constatou-se que a servidora exerce função de Agente de Execução há 1 ano e 9 meses, possui uma interdependência com colegas de seu e de outro setor (GAS - Grupo administrativo setorial), tendo pouco reconhecimento pelos companheiros, sentindo cansaço visual após a jornada de trabalho, e esporadicamente, dores na coluna. Sobre a análise da tarefa, sua carga horária diária é de 8 horas com intervalos facultativos, porém só utiliza 1 hora para almoço e não faz outras pausas. Compõe seu posto de trabalho uma cadeira com estofado fino, sem apoio para braços e com regulagem de altura que não funciona. Para análise da satisfação e reconhecimento no trabalho, utilizou-se o QSATS 2015 (Questionário Saúde e Trabalho em Atividades de Serviço), em que relatou não poder utilizar sua criatividade. Já na análise da atividade (observada por 1 hora) viu-se que a servidora realiza atividade repetitiva e mentalmente cansativa no sistema (40% do tempo). O checklist de Couto (2014), apontou condição ergonômica mesa-cadeira razoável, apesar do posto de trabalho não possuir apoio para pés. Para o diagnóstico e recomendações, foram propostas soluções para as condições operacionais, como o posto de trabalho em paralelo à janela, cadeira com estofamento e regulagem de altura adequados, e monitor vertical de 55-60cm de distância (IIDA, 2016). Já a prática de atividades físicas e ginástica laboral, uma melhor distribuição das tarefas entre os demais servidores do setor, bem como um treinamento para os outros servidores, sobre o novo sistema que está sendo implantado, pode diminuir sobrecarga física e mental na servidora. Outrossim, a cada 50 minutos de atividade/trabalho, foi indicada uma pausa de 10 minutos, e idealizou-se também a criação de um Livro de Sugestões", onde todos os servidores escrevam e acessem novas e diferentes ideias para que o trabalho funcione de maneira criativa, integrada, produtiva, eficiente e reconhecida. " Impactos: Foi possível observar, após a análise ergonômica do trabalho, a importância das relações interpessoais para o desenvolvimento do trabalho, bem como a presença de um posto de trabalho de acordo com as condições ergonômicas, favorecendo a promoção de saúde física, mental e a qualidade de vida do trabalhador. Considerações: Por fim, pode-se dizer que existem inúmeras variáveis que influenciam na atividade laboral, e ao estabelecer um objetivo para o trabalho, é necessário que sejam sabidas as possíveis interferências para a realização deste, e isso pode ser feito através da análise ergonômica do trabalho.