IMPLANTAÇÃO DO PROJETO DE EXTENSÃO CONVIVER PARA RE-VIVER DO CURSO DE FISIOTERAPIA PUCMINAS EM PARCERIA COM O GRUPO DE CONVIVÊNCIA DE IDOSOS ESPERANÇA E VIDA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DA OFICINA DE MEMÓRIA

Autores/as

  • Edirlene de Melo Nogueira PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS - PUC MINAS
  • Ana Cláudia Vieira Machado Ramos PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS - PUC MINAS
  • Camila Lopes Batista da Silva PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS - PUC MINAS
  • Isadora Laborie Ferreira Martins PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS - PUC MINAS
  • Maelly Gil Pereira PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS - PUC MINAS
  • Sabrina Miranda Baptista PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS - PUC MINAS
  • Patrícia Dayrell Neiva PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS - PUC MINAS

Resumen

Introdução: O Brasil tem aproximadamente 7,4% da sua população representada por pessoas idosas. A previsão é que, até 2050, o país seja o sexto com o maior número idosos do mundo. Mediante a progressão dos dados demográficos é importante frisar que é dever do Estado garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde mediante a efetivação de políticas públicas que permitam um envelhecimento saudável e em condições de dignidade, tornando-se necessária a mudança de foco dos profissionais de saúde para essa população. No ano de 2018 o Curso de Fisioterapia da PUC Minas propôs a implantação do projeto de extensão Conviver para Re-viver, desenvolvido no Centro Dia do Idoso do Bairro Dom Cabral, no município de Belo Horizonte/MG. O projeto de extensão foi realizado em parceria do grupo de idosos Esperança e Vida, fundado em 1996 por algumas idosas que frequentavam a igreja do Bairro Dom Cabral tendo como missão a motivação das pessoas idosas a saírem da rotina de sua vida cotidiana para vida dinâmica e saudável, por meio da participação de diferentes atividades, promovendo a integração com a comunidade. Descrição: O projeto Conviver para Re-viver é multidisciplinar, participam quatro discentes do curso de Fisioterapia, uma discente do curso de Odontologia e uma do curso de Fonoaudiologia. O objetivo do projeto é desenvolver ações de promoção da saúde, prevenção de agravos e atenção à saúde das pessoas idosas. Todas as atividades propostas nos nove encontros do primeiro semestre de 2018 foram desenvolvidas a partir das demandas do próprio grupo, caracterizando a ação extensionista. No primeiro encontro foi apresentado o projeto e levantadas as principais demandas por meio da metodologia da roda de conversa. A primeira demanda identificada foi a necessidade da estimulação da memória e, para este fim, foi organizada uma oficina cuja dinâmica consistia na apresentação de uma caixa fechada onde diversos objetos foram colocados. Cada idosa retirava um objeto e identificava-o, depois este objeto era recolhido e as idosas eram estimuladas a relembrar o máximo possível de objetos que haviam dentro da caixa. O treino de memória torna-se mais eficaz quando o idoso é ensinado a monitorar o processo de memorização, aprendendo a se auto-testar para descobrir os itens que necessitam ser reestudados. Impactos: Foi possível identificar a percepção e a capacidade cognitiva das idosas ao realizar essa atividade. Percebemos que as atividades simples, repetitivas são um grande estímulo para a memória. Considerações: No encerramento, as idosas foram orientadas a observar alguns comportamentos como a tentativa de modificar a rota ou caminho que executavam diariamente para realizar alguma atividade, como escovar os dentes com a mão não dominante, por exemplo, a fim de estimular diariamente a memória e adquirir novos hábitos. A aplicação de conceitos e aprendizados desenvolvidos no ambiente acadêmico à comunidade não universitária possibilita o aprendizado das necessidades, aspirações e saberes da comunidade, socializando e democratizando o conhecimento.