O MEDO DE CAIR COMO UM FATOR LIMITANTE PARA O CONVÍVIO SOCIAL DE IDOSOS RESIDENTES NA COMUNIDADE

Autores

  • Bruna Zanchetta de Queiroz ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Thaína Oliveira Coelho ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Gracielle Pampolim ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM

Resumo

Introdução: A população tem envelhecido significativamente e o processo de envelhecimento fisiológico traz consigo grandes alterações nas condições de saúde dos indivíduos, podendo causar diversas consequências e deterioração do estado de saúde. Uma das grandes preocupações quando se trata de idosos é o risco de quedas, uma vez que estas podem causar diversas e negativas consequências para a saúde destes indivíduos. Objetivo: Descrever a experiência das alunas do Projeto Envelhecimento Ativo e Saudável na Comunidade sobre medo de cair observado em idosos residentes na comunidade. Descrição: O Projeto Envelhecimento Ativo e Saudável na Comunidade - PROEAS tem como foco o bem-estar e a promoção de saúde destes idosos que residem nas comunidades de Vitória-ES. Através deste projeto de extensão as alunas vão à casa dos idosos com o intuito de realizar uma avaliação geral de saúde e dar orientações sobre o envelhecimento saudável. Nestas avaliações, um dos questionamentos disserta sobre a frequência com que o idoso sai de casa sozinho; foi percebido que alguns idosos descreveram ter medo de sair de casa sozinhos, devido ao risco de cair nas ruas, entretanto, ao ser avaliado quanto ao risco de quedas com instrumento específico, é percebido que por vezes este idosos não apresenta comprometimento na marcha ou equilíbrio que poderiam justificar este medo. Em discussão com o grupo do projeto, uma das hipóteses levantadas que poderiam justificar este medo seria a precária infraestrutura local do bairro, que é composto por altos declives, inúmeras escadas e ruelas, dificultando a locomoção. A dificuldade de locomoção atrapalha na participação social de qualquer indivíduo, mas é mais preocupante quando se trata de idosos, pois este pode ser mais um fator associado ao aparecimento de problemas psicológicos acarretados pela inatividade. Outra hipótese levantada, seria o possível excesso de zelo da família que por medo de que algo possa acontecer ao idoso, inicia um processo de que poderá resultar em um medo excessivo nesses idosos, que por sua vez acarretará em uma maior inatividade desses indivíduos. Impactos: A experiência vivida permitiu as acadêmicas de fisioterapia adquirirem conhecimento e vivência prática da atenção básica, observando as necessidades reais da população idosa da comunidade e a forma como o meio em que o indivíduo se insere interfere diretamente na sua qualidade de vida a nível funcional. Considerações: O medo de sair de casa pode iniciar um processo vicioso do qual dificilmente o idoso conseguirá sair. Além das consequências psicológicas ocasionadas pela solidão social, ao se exilar do convívio social os idosos estão sujeitos a uma redução gradativa e mais acelerada da sua capacidade funcional, que poderá resultar em comprometimento da marcha e equilíbrio e consequente aumento dos riscos intrínsecos para a queda. Deste modo, é indispensável orientar esses idosos sobre a importância de se manterem ativos, através de estímulo à participação em grupos sociais, aconselhamento sobre a melhor forma de realizar suas tarefas, implementação de modificações em seus lares, promovendo maior independência dos mesmos.