AVALIAÇÃO DA FUNCIONALIDADE E QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES PÓS MASTECTOMIA RADICAL MODIFICADA

Autores

  • Hedioneia Maria Foletto Pivetta UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
  • Sabrina Orlandi Barbieri UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
  • Giovana Morin Casassola UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
  • Jaíne Dalmolin UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
  • Giulia Brondani Greff UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

Resumo

Introdução: O câncer (CA) de mama é a neoplasia de maior incidência, representada por 29,5% dos novos casos em 2018 de acordo com o Instituto Nacional de Câncer, e com alto índice de mortalidade entre as mulheres. Após o tratamento cirúrgico as mulheres apresentam implicações funcionais, sociais e psicológicas importantes, as quais interferem na sua funcionalidade e qualidade de vida. Por diversos fatores relatados na literatura, a presença da dor é um sintoma comum após o tratamento cirúrgico, o qual contribui para a redução da mobilidade e funcionalidade não só do membro superior, como também de todo o corpo, podendo desencadear uma redução da qualidade de vida (QV). Objetivo: Avaliar a funcionalidade e a qualidade de vida de mulheres após o tratamento cirúrgico do câncer de mama. Metodologia: Foram aplicados os questionários de Medida de Independência Funcional (MIF), para avaliação da funcionalidade, além do Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand (DASH). Ademais, para avaliar a QV das pacientes foi aplicado o European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Supplementary Questionnaire Breast Cancer Module - EORTC QLQ - BR23, sendo os dois últimos citados, questionários específicos para avaliação de pacientes em tratamento oncológico de CA de mama. Resultado: Todas as mulheres com CA de mama (n=7) atendidas no serviço foram avaliadas, 100% delas apresentou uma Independência completa ou modificada, de acordo com o questionário MIF. Já, segundo o DASH, 33% delas apresentou disfunção moderada, 50% disfunção leve e 17% não apresentou disfunção. Quanto a QV, 57% apresentou alta escala funcional e 43% de leve a moderada. Já na escala de sintomas 71% das pacientes apresentam sintomas leves e 28% moderado. Conclusão: É observada uma relação entre funcionalidade e QV, demonstrada pelos resultados encontrados. A maioria das mulheres não apresenta disfunção grave e manifestam sintomas leves decorrentes do CA de mama, corroborando com o score da funcionalidade de independência completa/modificada nos afazeres do dia. Com isso, evidencia-se a importância da realização da fisioterapia na melhora dos sintomas do pós-operatório, bem como em cuidados paliativos, visando a manutenção da funcionalidade e diminuição dos sintomas e conseqüente melhora da QV.

Publicado

26-09-2019