A FORMAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA E SUA INTERSECÇÃO COM A SAÚDE MENTAL: PERCEPÇÕES DESSA REALIDADE

Autores

  • Murillo Nunes de Magalhães UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS
  • Mara Cristina Ribeiro UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS

Resumo

Introdução: O ensino do cuidado de fisioterapia em saúde mental, enquanto dimensão da integralidade em saúde, norteado pela Reforma Curricular, pela Reforma Psiquiátrica, pelas Diretrizes Curriculares Nacionais e orientado pelo paradigma de atenção psicossocial, enfrenta o desafio de integrar o campo da saúde mental com o campo da saúde coletiva. Esse fato requer dos cursos de graduação em Fisioterapia a necessidade de reformulação curricular e replanejamento de atividades, as quais focam em novos objetivos para a formação, a partir de conteúdos que aproximem e integrem ainda mais a teoria e a prática profissionais. Objetivo: Estudo com objetivo de conhecer a percepção de profissionais, discentes e docentes fisioterapeutas sobre a atuação profissional e formação para atuar no campo da saúde mental, sob a perspectiva da integralidade da assistência oferecida. Metodologia: Trata-se de estudo descritivo-exploratório e documental de abordagem qualitativa, realizado com vinte e nove participantes entre docentes e discentes do curso de Fisioterapia de uma universidade pública de Alagoas e fisioterapeutas de um hospital geral de doenças infectocontagiosas, por meio de entrevistas semiestruturadas. Resultado: Os dados coletados foram submetidos à análise de conteúdo e os resultados revelaram que a formação do discente em fisioterapia para atuar na saúde mental apresenta limitações, pois o conteúdo relacionado ao tema não é abordado de maneira estruturada no curso; mostraram ainda que, a maioria dos participantes da pesquisa também não estudou conteúdos relacionados com a prática do fisioterapeuta para esse campo do conhecimento enquanto graduandos, o que favorece a aprendizagem de forma empírica e continuidade da lacuna na formação deste profissional. Conclusão: Assim, o estudo demonstrou a existência de fragilidades na formação do graduando em fisioterapia e sugere a necessidade de avançar a discussão sobre o tema e sobre a reformulação da matriz curricular.

Publicado

26-09-2019