ATITUDES CUSTO-CONSCIENTES NO AMBIENTE NO AMBIENTE ACADÊMICO DA FISIOTERAPIA

Autores/as

  • Bruno Teixeira Goes ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA
  • Diego Ribeiro Rabelo ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA
  • Carolina Vila Nova Aguiar ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA
  • Luís Cláudio Lemos Correia ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA
  • Cristiane Maria Carvalho Costa Dias ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA
  • Marta Silva Menezes ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA

Resumen

Introdução: A discussão a respeito do uso consciente dos recursos em saúde, a segurança sobre os procedimentos clínicos e a comunicação transparente com os pacientes são premissas relevantes para os fisioterapeutas e devem ser fomentadas desde a graduação. Ademais, é necessário adicionar aos currículos de graduação em Fisioterapia a Prática Baseada em Evidências (PBE), com o intuito de configurar o raciocínio clínico probabilístico e o pensamento custo-consciente na formação do fisioterapeuta. Objetivo: Investigar a percepção de atitudes custo-conscientes de discentes e docentes de um Curso de Fisioterapia. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com docentes fisioterapeutas e estudantes do Curso de Fisioterapia entre o 3º e 9º semestres de uma IES, sem fins lucrativos e exclusiva na oferta de Cursos da área de saúde da cidade de Salvador-BA. A coleta de dados foi realizada no período entre novembro de 2017 a março de 2019. Para mensuração da percepção custo-consciente foi utilizada a escala publicada originalmente por Leep Hunderfund em 2017, validada para a língua portuguesa por Gusmão MM em 2018. Trata-se de um instrumento constituído por 13 assertivas que investiga a percepção dos participantes sobre as atitudes que os profissionais devem ter diante do custo-benefício das intervenções e sua relação com o sistema de saúde e pacientes sobre o tema. Para comparação, foram considerados os grupos docentes, discentes do 3ª ao 5º semestre (antes do estágio) e discentes do 6º ao 9º semestre (estagiários). Os resultados foram analisados descritivamente por meio de médias e desvio padrão (DP). Para a comparação entre os grupos foi realizada análise de variância (ANOVA) seguido do teste pós-hoc para identificação das diferenças entre os grupos. O nível de significância adotado foi de 0,05. Resultado: Os grupos apresentaram concordância moderada a total nos itens 1 (sobre o papel do fisioterapeuta na redução de procedimentos desnecessários), 3 (sobre estar ciente dos custos de seus procedimentos e 4 (referente a dialogar com os pacientes sobre os custos do tratamento). Discordância moderada a total foi observada nos itens que abordaram assuntos como: o dever do fisioterapeuta em evitar" pensar nos custos para o sistema de saúde (item2), a importância do custo apenas quando o paciente tiver que pagar (item 9) e sobre ser "injusto" que os fisioterapeutas sejam cobrados pelo custo-benefício de suas ações (item 10). Na comparação entre as médias do índice de percepção custo-consciente dos grupos de estudantes e docentes observa-se diferença significativa (p< 0,001) na média dos docentes (3,58 ± 0,26) que foi superior em relação ao grupo de estudantes entre 3º e 5º semestres (3,16 ± 0,42) e estudantes entre 6 e 9º semestres (3,18 ± 0,31) sugerindo maior percepção de "atitude" custo-consciente dos docentes. Entre os discentes não houve diferença nesta aferição (p= 0,973). Conclusão: Os docentes apresentaram maior índice de atitudes custo-conscientes, entretanto, os grupos de estudantes não diferiram a opinião entre si.

Publicado

2019-09-26