AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL E FATORES ASSOCIADOS EM IDOSOS RESIDENTES DE UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA

Autores

  • Ana Luiza de Oliveira Souza PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
  • Fernanda Rafaella dos Santos Gomes PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
  • Francine Valeriano Abreu PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
  • Larissa Silva Barroso Teixeira PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
  • Luíza Lima Barbosa PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
  • Patrícia Dayrell Neiva PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Resumo

Introdução: No Brasil, as consequências do envelhecimento impactam no perfil epidemiológico da população. Com o objetivo de aumentar a expectativa de uma vida saudável e de qualidade para as pessoas que envelhecem, a OMS reforça a importância do envelhecimento ativo. Conforme a assistência em saúde, essa crescente demanda torna urgente a ampliação do foco atual dos programas centrados na cura de doenças, para a implementação de ações destinadas à prevenção e melhora do desempenho funcional dos idosos. Nesse contexto, nem sempre a família dispõe de um cuidador quando um ente idoso requer apoio e/ou auxílio direto. Assim, as instituições de longa permanência para idosos (ILPI) surgem como alternativa de cuidado fora do âmbito familiar. Atualmente, a capacidade funcional é considerada um dos componentes primordiais para avaliar a saúde da população idosa, sendo relevante também para as ILPIs ao traçar o perfil dos idosos institucionalizados. Descrição: Foram realizados seis encontros em uma ILPI em Belo Horizonte, sendo o presente relato um recorte da pesquisa intitulada Avaliação da Capacidade Funcional e Fatores Associados em Idosos Atendidos nos Centros de Saúde da PBH, buscando estabelecer uma correlação do impacto das condições crônicas na funcionalidade do idoso. Nos primeiros quatro dias realizou-se a aplicação de um questionário para avaliação da capacidade funcional e fatores associados em 24 idosas pertencentes àquela instituição. Os demais dias foram dedicados ao preenchimento da Caderneta do Idoso, que era uma demanda da ILPI, em permuta à colaboração com a pesquisa. Além disso, ocorreu uma prática extensionista realizado pelas quatro alunas pesquisadoras, na qual foram trabalhadas atividades lúdicas e musicais sobre educação em saúde, prática de atividades físicas, estímulo à memória e à interação afetiva entre as idosas. Impactos: A experiência trouxe a compreensão da necessidade de explorar melhor o papel da fisioterapia no desenvolvimento da autonomia das idosas. O desestímulo de tarefas em que a maioria das idosas poderia exercer com autonomia foi visto como um fator desfavorável ao desempenho funcional. O limitador da realização delas, em muitos casos, não é a incapacidade encontrada, mas o fato de estarem institucionalizadas. Observou-se que a instituição assume um caráter de suprir as necessidades básicas das idosas, ponto essencial na atuação, porém deixando aquém a interação afetiva, como por exemplo. A carência poderia ser minimizada com a prática de momentos de motivação a conversa e ao melhor convívio umas com as outras. As relações sociais asseguram o sentimento de ser e pertencer, podendo reduzir o isolamento e restaurando o senso do significado da vida. Considerações: As compreensões obtidas traduzem a necessidade de repensar as perspectivas e ações nas ILPIs, que possuem dificuldades em reconhecer as potencialidades dos idosos e se adequarem às suas reais demandas. O ideal seria caminhar para transformar positivamente esses espaços, visando oferecer ao idoso institucionalizado um cuidado que promova bem-estar biopsicossocial.