CONDIÇÕES FÍSICAS E MENTAIS QUE COMPROMETEM A AUTONOMIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Rafaela Guio Suzana ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA
  • Sara Mendonça Brandão ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA
  • Raiana Altoé da Silva ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA
  • Ermenilde da Silva Pinto ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA

Resumo

Introdução: Com o passar dos anos, o aparecimento de doenças na população torna-se evidente e, dessa forma, influencia negativamente na saúde e qualidade de vida dos indivíduos. Essas alterações e suas consequentes limitações funcionais acarretam no aumento do risco para a mobilidade física e outras condições, que podem comprometer a autonomia e a independência. No curso de Fisioterapia da Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória - EMESCAM, os alunos participam da disciplina de Prática Assistida ofertada no sexto período e supervisionada pelo professor a qual atendem pacientes com variadas enfermidades, sendo eles acompanhados na clínica escola da faculdade. Descrição: Durante o atendimento, um caso ganhou relevância. Uma mulher, 60 anos, apresentava diagnóstico de Parkinson e outras doenças como o câncer de intestino que somados a outros fatores, acarretou em um quadro de dependência funcional, depressão e síndrome do imobilismo. No decorrer do acompanhamento, foi produzido o genograma familiar e coletado outros dados para conhecer melhor o histórico da paciente e constatou-se muito sofrimento emocional desde à infância provocando isolamento social que consequentemente influenciou negativamente na qualidade de vida da mesma. Foi aplicada a Escala Visual Analógica (EVA) para mensurar a dor a partir da percepção da paciente, a qual os valores entre "0 e 2" correspondem a "dor leve", "3 a 7" correspondem a "dor moderada" e os valores entre "8 e 10" referem-se a "dor intensa" e obteve-se o resultado de 10, o que nos levou a supor o quanto a paciente estava em sofrimento. Dessa forma, consideramos buscar meios a partir de técnicas e recursos fisioterapêuticos que envolviam liberação miofascial, eletrotermofototerapia, mobilização articular, exercícios, entre outros, a fim de melhorar o quadro de dependência funcional e qualidade de vida da paciente. Impactos: Com a execução do plano de tratamento, observou-se melhora da funcionalidade a cada sessão com ganhos expressivos de amplitude de movimento o que permitiu progredir em algumas atividades básicas de vida diária, como pentear o cabelo e facilitar o ato de vestir-se. Com isso, a participação nessa disciplina levou as alunas a colocarem em prática seus conhecimentos e a entenderem os anseios e limitações do outro, bem como compreender como todos os fatores podem influenciar na progressão do tratamento. Considerações: Observou-se que existe uma necessidade em conhecer a história de vida do paciente para alcançar melhores resultados, pois os problemas familiares e outras doenças associadas afetam o indivíduo como um todo. Sendo assim, é indispensável a atuação do profissional que priorize o modelo biopsicossocial, além de poder proporcionar uma melhor abordagem do paciente levando também a uma satisfação pessoal de ambas as partes.