A SAÚDE COLETIVA NAS PRÁTICAS EDUCACIONAIS DOS FISIOTERAPEUTAS DOCENTES DO CURSO DE FISIOTERAPIA DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ
DOI:
https://doi.org/10.18310/2358-8306.v3n5.p21Palavras-chave:
Saúde coletiva. Fisioterapia. Educação superiorResumo
Objetivo: Este estudo se propôs a investigar a aproximação das práticas educacionais dos fisioterapeutas docentes do curso de Fisioterapia da Universidade do Estado do Pará com a saúde coletiva. Método: Tratou-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa e quantitativa, realizado em duas etapas. A etapa 1 foi realizada através de um questionário para se buscar a afinidade deste docente com a saúde coletiva. A etapa 2 constou de entrevistas e buscou aprofundar o conhecimento dos docentes sobre o tema. Os resultados quantitativos expressaram o perfil dos docentes. Os dados qualitativos foram analisados pela análise de conteúdo de Bardin. Resultados: Responderam ao questionário 27 docentes e foram entrevistados seis docentes escolhidos aleatoriamente. Dentre os que responderam ao questionário, 16 eram do sexo feminino, tem mestrado, a idade media é de 41,77 anos, tem em média 14,77 anos de docência, desenvolvem ou desenvolveram pesquisa (96%) e extensão (81,5%), trabalham em ambulatórios e hospitais públicos e atuam na área de traumato-ortopedia, cardiorrespiratória e neurofuncional. Quanto às entrevistas, os participantes demonstraram conhecer os conceitos de saúde, entendem a importância da relação da fisioterapia com a saúde coletiva e suas limitações, porém não associam a saúde coletiva com as disciplinas que ministram, evidenciando afastamento das suas práticas educacionais com a saúde coletiva. Conclusão: As práticas educacionais dos docentes investigados não são associadas a saúde coletiva, enfraquecendo o modelo de formação, portanto é preocupante para a formação dos futuros profissionais o afastamento evidenciado nas falas dos docentes.Referências
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