PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DAS PUÉRPERAS ADMITIDAS EM HOSPITAL ESTADUAL

Resumo

Introdução: A identificação do perfil sociodemográfico das puérperas atendidas nos territórios brasileiros é um dos elementos essenciais para aplicação de ações recomendadas pelo Ministério da Saúde para a humanização da assistência ao parto. A identificação precoce dos fatores de risco e a classificação de risco gestacional influenciam a agilidade no atendimento e no planejamento do cuidado, resultando na redução da morbimortalidade materno-infantil. Objetivo: Descrever o perfil sociodemográfico e obstétrico das puérperas atendidas no Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (HEIMABA), em Vila Velha (ES). Metodologia: A população estudada foi constituída por puérperas assistidas na maternidade nos meses de junho e julho de 2017. A coleta de dados foi feita por meio de um formulário estruturado aplicado e previamente elaborado para o preenchimento da Declaração de Nascidos Vivos. Os dados analisados abrangeram informações referentes ao perfil sociodemográfico (idade, naturalidade, cor da pele, escolaridade, profissão e estado marital), ao perfil obstétrico da puérpera (história obstétrica) e ao perfil dos recém-nascidos (sexo, tipo de parto e tipo de gravidez). Os dados foram apresentados como medida de tendência central, frequências absolutas e relativas no software aplicativo Microsoft Excel®. Resultados: Participaram do estudo 485 mulheres atendidas no alojamento conjunto do hospital estudado. Quanto ao perfil de identificação da puérpera a média de idade encontrada foi de 26 anos, a soma total das mulheres solteiras foi de 343 (72%), quanto a raça declarada foi encontrada 329 (85%) pardas. No quesito escolaridade 192 (40%) puérperas tinham ensino médio completo. E no quesito profissão foi encontrado que 250 (52%) puérperas declararam a profissão do lar. Com relação à história obstétrica das puérperas, a média de consultas pré-natais realizadas foi de 6,4. Quanto ao número de gestações anteriores, a média foi de 1,5; 0,9 na quantidade de parto vaginal; 1,3 no número de nascidos vivos e uma média de 0,3 no número de aborto. Sobre o perfil dos recém-nascidos, foi constatado que 246 (51%) eram do sexo feminino. Quanto aos tipos de parto, houve predomínio do parto vaginal com 274 (82%) registros. Conclusão: Concluiu-se que houve predominância de mulheres solteiras, de raça declarada parda, com média significativa do número de consultas pré-natais e maior ocorrência de partos vaginais, visto que compõem as recomendações da Organização Mundial de Saúde. Por fim, essas informações são importantes para mostrar ao serviço o perfil de mulheres atendidas no HEIMABA, contribuindo para aprimorar, direcionar e planejar ações de atenção à saúde da mulher e da criança, atendendo as recomendações de humanização no serviço.