FATORES AMBIENTAIS RELACIONADOS AO DESEMPENHO DAS CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN

Autores

  • Joyce de Souza Miranda CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
  • Júlia Ferreira Brandão CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
  • Shirley da Silva Santos CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
  • Clarissa Cotrim dos Anjos CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
  • Thays Cristine Ferro Wanderley CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
  • Raphaela Farias Teixeira CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
  • Renata Sampaio Rodrigues Soutinho CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

Resumo

Introdução: Na Síndrome Down (SD), o ambiente é um fator importante no desenvolvimento, podendo esse ser um facilitador ou uma barreira para o aprendizado. A utilização da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) pode ajudar a identificar as reais necessidades do paciente, constituindo-se uma ferramenta de grande valia. Os fatores ambientais analisados na CIF compõem o ambiente físico, o social e o atitudinal em que as pessoas vivem e conduzem sua vida, representam o conjunto de fatores ambientais extrínsecos. Recomenda-se que esses fatores sejam codificados sob a perspectiva da pessoa, cuja situação está sendo descrita . Objetivo: Descrever os fatores ambientais, de acordo com a CIF, relacionados ao desempenho de crianças com SD assistidas em um Centro Especializado em Reabilitação (CER) vinculado a uma universidade pública no Estado de Alagoas. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, de característica quantitativa, realizado com 10 crianças com SD e que realizavam acompanhamento fisioterapêutico em um Centro Especializado. Utilizou-se de instrumento de coleta de dados para os aspectos sociodemográficos e os aspectos reabilitacionais e o check list da CIF para a coleta dos fatores ambientais. Resultado: Participaram dessa pesquisa, 10 crianças com SD, com idade média de 3,10 ± 2,55 em anos, sendo a idade mínima de 1 ano e a máxima de 9 anos. Em relação ao sexo: 50% (5) eram do sexo feminino e 50% (5), do masculino. Em relação aos cuidadores das crianças com SD participantes dessa pesquisa, verificou-se que: 70% (7) eram as próprias mães das crianças, as cuidadoras; seguidas de mãe e pai, conjuntamente, com 20% (2) dos casos; e apenas, 10% (1), informou que era outro. A escolaridade dos cuidadores foi de 50% (5) com mais de 9 anos de estudos; seguidas de 20% (2) dos casos com 5 a 8 anos de estudos; 20% (2), eram analfabetos; e apenas, 10% (1), tinha até 4 anos de estudos. Tal fato demonstra a renda familiar baixa das crianças com SD avaliadas. Verificou-se que os produtos e tecnologias foram considerados como os principais facilitadores para o desempenho das crianças. O apoio de família nuclear/parentes, a presença de cuidadores e de assistentes pessoais, a presença dos profissionais de saúde e a disponibilidade dos serviços de transporte e de educação, são apontados como as principais barreiras. Conclusão: A identificação dos fatores ambientais por meio da utilização da CIF proporcionou o reconhecimento dos aspectos modificáveis para melhorar o desempenho da criança na terapia o que irá refletir nos diversos contextos no qual a criança estará inserida (domiciliar/escolar). Mas, sabe-se que a mudança em aspectos tão complexos, vão além da prática fisioterapêutica, mas, o reconhecimento da interferência de tais fatores consiste no primeiro passo.

Publicado

26-09-2019