EDUCAÇÃO E COLABORAÇÃO INTERPROFISSIONAL NO PET - SAÚDE

Autores

  • Rhandra Grubert Gonzaga Maciel UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
  • Maynara Guaripuna Ferreira UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
  • Mariani Marques Acosta Pegoraro UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
  • Fernando Pierrette Ferrari UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

Resumo

Introdução: O Programa de Educação Tutorial (PET)- Interprofissionalidade tem como objetivo estimular a prática e a experimentação das diretrizes para a formação interprofissional, que afirmam a necessidade da educação e colaboração interprofissional durante a graduação dos profissionais da área da saúde, a fim de promover trabalho de qualidade em equipe. Além disso, o atendimento integrado pode qualificar a assistência oferecida aos pacientes, respondendo de melhor maneira ao princípio da integralidade do cuidado. Este trabalho traz as experiências acerca do processo seletivo e do início das atividades do PET- Saúde Interprofissionalidade na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Descrição: A seleção dos integrantes do projeto constituiu-se de duas etapas, sendo a primeira através de uma avaliação escrita enquanto a segunda ocorreu por meio de entrevista previamente agendada. Ambas basearam-se na bibliografia do Marco para Ação em Educação Interprofissional e Prática Colaborativa, de propriedade da Organização Mundial da Saúde. Com isso, todos os selecionados foram divididos em grupos multiprofissionais de acordo com as microrregiões do município de Campo Grande - MS. Cada equipe iniciou discussões sobre os respectivos territórios, idealizando atividades primordiais que deverão ser efetuadas para suprir as vulnerabilidades locais. Ademais, algumas das ações propostas foram: estimular o planejamento interprofissional através de oficinas, incluindo curso online na plataforma do AVASUS, reconhecimento da unidade de saúde a ser trabalhada assim como o diagnóstico situacional e planejamento em saúde. Desse modo, as intervenções serão realizadas ao longo de dois anos, promovendo tanto aprendizado para os participantes quanto serviços diferenciados para a comunidade. Em contrapartida, o gerenciamento de conflitos de orientação metodológica e organizacional, especialmente ao que diz respeito, a organização curricular e de horários dos cursos, podem inferir dificuldades no avanço da proposta. Exercer a prática colaborativa é um esforço rotineiro, e exige uma orientação institucional que facilite a adesão de estudantes e professores e estimule o avanço da educação interprofissional, para além do projeto. Impactos: Os acadêmicos estão vivenciando a oportunidade do aprofundamento da prática interprofissional, o melhor reconhecimento do seu núcleo de conhecimento profissional e principalmente o conhecimento dos saberes e fazeres das demais profissões envolvidas, além de aprender e executar o diagnóstico e planejamento em saúde, bem como experiências no ambiente da atenção básica, que estão fortalecendo a formação acadêmica e profissional. Estas também auxiliarão no desenvolvimento pessoal dos integrantes do projeto, pois para que haja trabalho de qualidade em equipe, é necessário o desenvolvimento de habilidades e atitudes como paciência, respeito, escuta ativa, empatia, gerenciamento de conflitos, produção de consensos, entre outros, que esta experiência tem proporcionado. Considerações: Com o PET é possível perceber que a prática uniprofissional e fragmentada é insuficiente e dificulta o acesso aos usuários a melhores respostas para suas necessidades de saúde. As experiências de EIP deveriam ser propostas ao longo da graduação e serem experimentadas por todos os estudantes das graduações em saúde.