Editorial

Autores

  • Francisca Rego Oliveira de Araujo UNIVERSIDADE POTIGUAR - UNP CENTRO UNIVERSITÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE - UNIRN

DOI:

https://doi.org/10.18310/2358-8306.v2n3p05

Resumo

 A realidade social, cultural e econômica, somada a realidade da educação, da saúde e o lugar do estudante, do professor, do gestor, do profissional e do usuário revela uma realidade, que mesmo em face a tanta ciência e tecnologia, ainda suscita atitudes cuidadosas à equidade, dadas as influências das políticas e das ameaças constantes aos direitos constitucionais, humanos e de seguridade social, no cotidiano das sociedades.Pensar a saúde em meio a um cenário mundial de adoecimento reafirma a importância de ampliar-se o debate acerca dos modelos de formação, de atenção e de gestão. Distintas situações reveladas por pesquisas clínicas, humanas e sociais, bem como por relatos de experiências de profissionais, usuários e cuidadores, estão presentes em diferentes e inúmeros espaços. Todos esses espaços visam contribuir para mudanças em direção à melhora da qualidade na oferta de serviços de saúde e de educação.O Caderno de Educação, Saúde e Fisioterapia da Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia – ABENFISIO, é um desses espaços. É com alegria que observamos o seu crescimento e fortalecimento, e informamos que recentemente foi indexado nas bases Diadorin e Latinex. Os seis artigos desta edição imprimem retratos da saúde no Brasil e Europa, apresentando uma rede de saberes e fazeres em fisioterapia e em saúde, bem como traz para cena o debate da formação e do cuidado. Os artigos aqui publicados permitem a reflexão acerca da realidade da atuação, da oferta de serviços e das possibilidades de ampliação desta oferta, como observado no artigo A atuação do fisioterapeuta na estratégia saúde da família segundo usuários. A discussão acerca do fazer fisioterapêutico junto aos usuários nos permite perceber quão importante é harmonizar o alívio ou redução da dor crônica, a funcionalidade, e a (re)educação postural, por meio de atividades de educação em saúde, com potência para interferir no processo  saúde-doença e contribuir para a melhora da qualidade de vida destes, como observado em Grupo de coluna na Atenção Básica.  Os estudantes também imprimem suas percepções sobre o papel da Fisioterapia na rede pública de saúde, não dissociada da preparação e qualificação, como destacado em Fisioterapia além das especialidades: conhecimento do alunato sobre a inserção do fisioterapeuta em Saúde Coletiva. Indicadores sociodemográficos e de saúde e proposições de modelos de atenção à saúde de populações, dão o tom das mudanças que precisam ocorrer e, nesse aspecto, pensando a população infanto-juvenil do Brasil, há um convite às Reflexões sobre a Rede de Atenção Especializada em Reabilitação de Crianças e Adolescentes com Condições Crônicas de Agravos à Saúde, para o quê a teoria nos chama? Por fim, penso que os dois últimos artigos nos conduzem ao início de tudo, tudo que aqui ouso, sem parecer simplista, destacar que mudanças nos modelos de ensino, nas técnicas de ensinagem e a garantia de educação permanente, são imprescindíveis e suscitam responsabilidades de caráter legal, ético, técnico e de humanização, como sinaliza O processo saúde-doença e o modelo biopsicossocial entre supervisores de um curso de fisioterapia: estudo qualitativo em uma  universidade pública. Formar com qualidade e em observância aos pressupostos políticos, econômicos, sociais, biológicos, culturais e permeado por uma política de equidade, fazendo valer a realidade de saúde de família e de comunidade, está na agenda das políticas de educação e saúde. O quanto avançamos e o que podemos e devemos contar? Creio que La Formación en Salud Publica en la Universidad de Granada y su relación con la Salud Familiar, nos oportuniza dar mais um passo para fortalecer as inciativas de mudanças, inquietar o suficiente para se permitir buscar outras possibilidades de fazer e, assegurar que o devir  mantém viva a força e o potencial da mente... do corpo... da funcionalidade humana.            Assim, esta edição dos Cadernos de Educação, Saúde de Fisioterapia contribui para o imprescindível debate que busca pautar um modelo de formação à luz do fortalecimento do controle social, do respeito as diversidades socioculturais e ambientais, da valorização e fortalecimento da democracia. Estão em pauta também estratégias para fortalecer e defender um sistema de saúde público universal, integral e equânime em que a necessidade de saúde das pessoas esteja na centralidade do modelo de atenção à saúde. 

Biografia do Autor

Francisca Rego Oliveira de Araujo, UNIVERSIDADE POTIGUAR - UNP CENTRO UNIVERSITÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE - UNIRN

COORDENAÇÃO NACIONAL DA ABENFISIOFISIOTERAPIA - SAÚDE COLETIVA E NEUROLOGIA

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Publicado

18-02-2016