O Youtube contempla usuárias e profissionais de saúde? Uma revisão crítica de audiovisuais que abordam a incontinência urinária feminina

Autores

  • Izabella Sena Silveira Centro Universitário Estácio da Bahia
  • Ivana Patricia de Almeida Morais Centro Universitário Estácio da Bahia
  • Roberto Rodrigues Bandeira Tosta Maciel Universidade do Estado da Bahia https://orcid.org/0000-0002-4912-6005

DOI:

https://doi.org/10.18310/2446-4813.2020v6n1p187-196

Palavras-chave:

Fisioterapia, Incontinência Urinária, Telemedicina, Educação em Saúde, Internet

Resumo

Objetivo: Analisar criticamente audiovisuais do youtube que abordam a temática da fisioterapia na incontinência urinária feminina no cenário educativo. Métodos: Foi realizada uma pesquisa no youtube, no período de 28/09/2018 à 13/10/2018, sendo utilizada a palavra-chave “fisioterapia na incontinência urinária feminina”. Os vídeos foram selecionados a partir de um filtro disponível pela plataforma do youtube. Vídeos em idiomas diferentes do português foram excluídos do estudo. Os vídeos relevantes com um número de visualizações inferiores a 1.000 foram excluídos do estudo. Os Vídeos foram analisados por dois avaliadores independentes, e um terceiro avaliador analisou a concordância entre os avaliadores através do índice kappa. Resultados: Foram analisados os 14 vídeos mais relevantes sobre a fisioterapia na incontinência urinária (IU) feminina no youtube. Os resultados indicaram uma carência de conteúdo a nível científico, sendo importante destacar a necessidade de audiovisuais educacionais abrangentes baseados em evidências científicas que abordem o diagnóstico e o tratamento fisioterapêutico da IU. Conclusão: Conclui-se que a análise crítica dos audiovisuais do youtube no cenário educativo sobre a abordagem da temática fisioterapia na IU feminina, sugere que o youtube tem o potencial de alcançar e informar seus usuários, no entanto, mostrou que para usuários da plataforma que buscam esse tipo de conhecimento, é necessário assistir uma quantidade grande de vídeos para que se possa obter uma informação mais completa acerca de como é a reabilitação fisioterapêutica na IU feminina, obtendo assim uma maior compreensão acerca desta disfunção.

Biografia do Autor

Izabella Sena Silveira, Centro Universitário Estácio da Bahia

Colegiado de Fisioterapia

Ivana Patricia de Almeida Morais, Centro Universitário Estácio da Bahia

Colegiado de Fisioterapia

Roberto Rodrigues Bandeira Tosta Maciel, Universidade do Estado da Bahia

Professor Auxiliar da Universidade do Estado da Bahia; Colegiado de Fisioterapia; Departamento de Ciências da Vida.Professor Adjunto II do Centro Universitário Estácio -FIB; Colegiado de FisioterapiaDoutor em Fisioterapia - Universidade Cidade de São Paulo - UNICID 

Referências

Glissoi SFN, Girelli P. Importância da fisioterapia na conscientização e aprendizagem da contração da musculatura do assoalho pélvico em mulheres com incontinência urinária. ‎Rev. Soc. Bras. Clín. Méd. 2011; 9(6):408-413.

Rett MT, Wardini EB, Santana JM, Mendonça ACR, Alves AT, Saleme CS. Female urinary incontinence: quality of life comparison on reproductive age and postmenopausal period. Fisioter. Mov. 2016; 29(1):71 – 78.

Castro RA, et. al. Fisioterapia e incontinência urinária de esforço: revisão e análise crítica. Rev Femina. 2008; 36(12):737-742.

Beuttenmuller L, Cader SA, Macena RHM, Araújo NS, Nunes EFC, Dantas EHM. Contração muscular do assoalho pélvico de mulheres com incontinência urinária de esforço submetidas a exercícios e eletroterapia: um estudo randomizado. Fisioter. Pesqui. 2011;18(3):210-216.

Pereira VS, Escobar AC, Driusso P. Effects of physical therapy in older women with urinary incontinence: a systematic review. Rev Bras Fisioter 2012;16(6): 463–8.

Bertoldi JT, Ghisleri AQ, Piccinini BM. Fisioterapia na incontinência urinária de esforço: revisão de literatura. Cinergis, 2014; 15(4).

Barroso JVC; Ramos JGL; Sanches P; Muller A. Estimulação elétrica transvaginal no tratamento da incontinência urinária. Revista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e Faculdade de medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 22 (3): 18 – 21, 2002.

Sand PK, Richardson DA, Staskin DR, Swift SE, Appell RA, Whitmore KE et al. Pelvic floor electrical stimulation in the treatment of genuine stress incontinence: a multicenter, placebo-controlled trial. Am J Obstet Gynecol 1995; 173: 72-9.

Fitz FF, Resende AP, Stupp L, Sartori MG, Girao MJ, Castro RA: Biofeedback for the treatment of female pelvic floor muscle dysfunction: a systematic review and meta-analysis. Int Urogynecol J. 2012, 23: 1495-1516. 10.1007/s00192-012-1707-1

Souza JG, Ferreira VR, Oliveira RJ, Cestari CE. Avaliação da força muscular do assoalho pélvico em idosas com incontinência urinária. Fisioter. Mov. 2011; 24(1):39-46.

Harrison D, Wilding J, Bowman A, Fuller A, Nicholls SG, Pound CM1, Reszel J, Sampson M. Using youtube to Disseminate Effective Vaccination Pain Treatment for Babies. PLoS ONE, 2016; 11(10):e0164123.

Gonzalez AE, et al. Popular on youtube: A critical appraisal of the educational quality of information regarding asthma. Allergy Asthma Proc. 2015;36(6):121-126.

Stellefson M, et. al. youtube as a source of COPD patient education: A social media content analysis. Chron Respir Dis. 2014;11(2):61-71.

Tang, W., Hu, J., Zhang, H., Wu, P., & He, H. (2015). Kappa coefficient: a popular measure of rater agreement. Shanghai archives of psychiatry, 27(1), 62-7.

Oliveira M, Ferreira M, Azevedo MJ, Machado JF, Santos PC. Pelvic floor muscle training protocol for stress urinary incontinence in women: A systematic review. ‎Rev. Soc. Bras. Clín. Méd. 2017; 63(7):642-650.

Camm CF, Sunderland N, Camm AJ. A quality assessment of cardiac auscultation material on youtube. Clin Cardiol. 2013;36(2):77-81.

Macleod MG, et al. youtube as an information source for femoroacetabular impingement: a systematic review of vídeo content. Arthroscopy. 2015 ;31(1):136-42.

Tulgar S, Onur S, Serifsoy TE, Senturk O, Ozer Z. youtube como fonte de informação de raquianestesia, anestesia peridural e anestesia combinada raquiperidural. Rev Bras Anestesiol. 2017;67(5):493-499.

Oriá MOB, Dodou HD, Chaves AFL, Santos LMDA, Ximenes LB, Vasconcelos CTM. Effectiveness of educational interventions conducted by telephone to promote breastfeeding: a systematic review of the literature. Rev Esc Enferm USP. 2018;52:e03333.

Fernandes ICF, Siqueira KM, Barbosa MA. Avaliação de vídeos sobre a técnica inalatória na asma infantil: educativos ou midiáticos? Rev. Eletr. Enf. 2018;20:v20a09.

Downloads

Publicado

2020-07-28

Como Citar

Silveira, I. S., Morais, I. P. de A., & Tosta Maciel, R. R. B. (2020). O Youtube contempla usuárias e profissionais de saúde? Uma revisão crítica de audiovisuais que abordam a incontinência urinária feminina. aúde m edes, 6(1), 187–196. https://doi.org/10.18310/2446-4813.2020v6n1p187-196

Edição

Seção

Artigo de Revisão

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)