O Youtube contempla usuárias e profissionais de saúde? Uma revisão crítica de audiovisuais que abordam a incontinência urinária feminina
DOI:
https://doi.org/10.18310/2446-4813.2020v6n1p187-196Palavras-chave:
Fisioterapia, Incontinência Urinária, Telemedicina, Educação em Saúde, InternetResumo
Objetivo: Analisar criticamente audiovisuais do youtube que abordam a temática da fisioterapia na incontinência urinária feminina no cenário educativo. Métodos: Foi realizada uma pesquisa no youtube, no período de 28/09/2018 à 13/10/2018, sendo utilizada a palavra-chave “fisioterapia na incontinência urinária feminina”. Os vídeos foram selecionados a partir de um filtro disponível pela plataforma do youtube. Vídeos em idiomas diferentes do português foram excluídos do estudo. Os vídeos relevantes com um número de visualizações inferiores a 1.000 foram excluídos do estudo. Os Vídeos foram analisados por dois avaliadores independentes, e um terceiro avaliador analisou a concordância entre os avaliadores através do índice kappa. Resultados: Foram analisados os 14 vídeos mais relevantes sobre a fisioterapia na incontinência urinária (IU) feminina no youtube. Os resultados indicaram uma carência de conteúdo a nível científico, sendo importante destacar a necessidade de audiovisuais educacionais abrangentes baseados em evidências científicas que abordem o diagnóstico e o tratamento fisioterapêutico da IU. Conclusão: Conclui-se que a análise crítica dos audiovisuais do youtube no cenário educativo sobre a abordagem da temática fisioterapia na IU feminina, sugere que o youtube tem o potencial de alcançar e informar seus usuários, no entanto, mostrou que para usuários da plataforma que buscam esse tipo de conhecimento, é necessário assistir uma quantidade grande de vídeos para que se possa obter uma informação mais completa acerca de como é a reabilitação fisioterapêutica na IU feminina, obtendo assim uma maior compreensão acerca desta disfunção.Referências
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