A representação de um corpo grávido para a autoimagem da mulher
DOI:
https://doi.org/10.18310/2446-4813.2021v7n3p347-357Palavras-chave:
Gravidez. Autoimagem. Saúde da mulher.Resumo
Objetivo: Compreender a representação de um corpo grávido para a autoimagem da mulher. Métodos: Tratou-se de um estudo exploratório-descritivo com abordagem qualitativa. Foram entrevistadas vinte e cinco gestantes entre 20 e 24 semanas de gestação, atendidas em uma Instituição na cidade de Fortaleza (CE). A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas, submetidas à técnica de análise de conteúdo. Foram criadas nuvens de palavras para as categorias, utilizando-se o software Invivo 11. Resultados: Foram organizados em duas categorias: “Mudanças Corporais” e “Reflexo da Gravidez no Espelho”. As palavras mais frequentes na primeira categoria foram: “aumento”, “barriga”, “seio” e “celulite”, demonstrando preocupação com o aumento das partes do corpo, além das consequentes alterações dermatológicas. O segundo núcleo apresentou os termos: “cabelo”, “autoestima”, “barriga”, “péssima” e “momento”, retratando a influência da gravidez na autoestima da gestante, sua vontade de se arrumar, e suas relações sociais. Conclusão: O período gestacional sendo de grandes mudanças, sentimentos e adaptações afeta de forma significativa a ideia de corpo e autoimagem da mulher. A compreensão de tais aspectos poderá favorecer a verbalização de incômodos e sentimentos que estejam conturbando o processo de gestação.Referências
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