A INFLUÊNCIA DA EPISIOTOMIA NA FORÇA MUSCULAR DO ASSOALHO PÉLVICO DE MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Keywords:
Episiotomia, incontinência urinária, parto obstétrico.Abstract
Introdução: A Incontinência Urinária (IU) é uma experiência que acomete milhões de mulheres no mundo inteiro. Entre os tipos mais comuns temos a IU por esforço (IUE); de urgência (IUU); e mista (IUM). Dentre as diversas causas da IU observa-se as distensões, rupturas ou lacerações da musculatura pélvica muitas vezes associados a casos de episiotomia. Na última diretriz publicada pelo Ministério da Saúde em 2017, foi orientado não realizar o procedimento de maneira rotineira em partos vaginais espontâneos. Objetivo: Relacionar a quantidade de episiotomia com o grau de força muscular (FM) dos músculos do assoalho pélvico de mulheres com incontinência urinária. Metodologia: Estudo correlacional retrospectivo realizado a partir de informações dos prontuários de 19 mulheres, participantes do projeto de extensão no laboratório de Uroginecologia da curso de fisioterapia da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), no período de agosto de 2016 a setembro de 2017, encaminhadas pela equipe médica de uroginecologia da maternidade estadual Mãe Luzia. A avaliação da força muscular foi realizado por um único avaliador, por meio da palpação bidigital, seguindo a escala de força de Ortiz. A análise estatística usou o teste de correlação de Spearman, através do software SPSS, versão 24. Resultados: A média de idade das mulheres foi de 48 anos (±13,1), ao todo foram observados 72 partos, média de 3,8 partos cada uma. Dentre eles, 67 foram partos vaginais, sendo 74,6% hospitalares e 25,4% com parteiras, e em 62,7% dos partos foi realizada a episiotomia. Cada mulher realizou em média 2 (±1,1) procedimentos de episiotomia. A IUM esteve presente em 89,5% da amostra. A média da FM presente na amostra foi a de grau 1. Na análise de correlação, foi encontrada fraca correlação entre o número de episiotomias e FM (r=0,165). Conclusão: A episiotomia é um dos fatores de risco para IU, e esteve presente em 62,7% dos partos realizados. Esta pareceu não interferir no grau de FM dos músculos do assoalho pélvico na amostra estudada.Issue
Section
Eixo III: Saúde da Mulher
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