PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E PREVALÊNCIA DA SÍFILIS ADQUIRIDA NO BRASIL (2013-2018): O PAPEL DA FISIOTERAPIA NO CONTROLE DA INFECÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.18310/2358-8306.v9n19.a17Keywords:
Aplicações da epidemiologia, Infecções por treponema, Modalidades de Fisioterapia., Infecções sexualmente transmissíveisAbstract
Objetivos: analisar os boletins epidemiológicos brasileiros de Sífilis Adquirida (SA) emitidos pelo governo entre os anos de 2013 e 2018, calcular a taxa de prevalência da infecção e discutir o possível papel da Fisioterapia no atendimento e controle do ciclo de infecção. Métodos: estudo quantitativo, descritivo e exploratório. Estudaram-se as condições epidemiológicas de SA no Brasil utilizando o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) (de 2013 a 2018), estratificando os dados de acordo com gênero, faixa etária, escolaridade, raça/cor, região e ano de ocorrência. A taxa de prevalência da infecção foi calculada utilizando os dados do Sinan, levando em consideração 100 mil habitantes. Para fundamentar a discussão, foi realizada uma revisão na literatura em bases específicas. Resultados: no quinquênio 2013-2017, houve um aumento nas notificações de SA considerando as variáveis analisadas enquanto, em 2018, o número de notificações diminuiu. A taxa de prevalência da infecção teve um aumento gradativo no quinquênio com queda brusca em 2018. Não foram encontrados estudos que associassem a ação da Fisioterapia no controle da SA. Conclusões: a sífilis continua sendo um problema de saúde pública. As falhas no processo de notificação são um empecilho para elaboração e implantação de estratégias efetivas de identificação, caracterização e controle dos casos da SA no país. Assim, a inserção da Fisioterapia na atenção básica promoverá a ampliação do campo prático da profissão, disponibilizando aos usuários de saúde ações efetivas destinadas à melhoria da sua saúde e da qualidade de vida.
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