EDITORIAL
DOI:
https://doi.org/10.18310/2358-8306.v4n7.p05Resumo
O número atual dos Cadernos de Educação, Saúde e Fisioterapia marca
o início do seu quarto ano de publicação. Comemora a sua classificação no
QUALIS/CAPES - Quadriênio 2013-2016 como B2 na área de Ensino, B3 na
área de Serviço Social, B4 nas áreas de Saúde Coletiva, Interdisciplinar,
Enfermagem e Educação Física e B5 na área de Medicina II e Arquitetura,
Urbanismo e Design.
Este número é lançado num momento onde a nossa categoria
profissional em conjunto com usuários, profissionais, educadores e gestores de
saúde participaram do processo de construção da minuta de Reformulação das
Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) da Fisioterapia. Até o momento foram
realizados 27 Fóruns, em todos os estados brasileiros e o Distrito Federal, com
1910 participantes, que representavam Instituições de Ensino Superior,
Associações de Especialistas, Sindicatos, Executiva Nacional dos Estudantes
de Fisioterapia- ENEFI, Presidentes e conselheiros do Conselho Federal –
COFFITO e dos Conselhos Regionais - CREFITO, Secretarias e Serviços de
Saúde. Uma análise preliminar dos relatórios das Oficinas de Reformulação
das DCNs foi apresentada no III Congresso Brasileiro de Educação em
Fisioterapia, XXVI Fórum Nacional de Ensino em Fisioterapia e V Congresso
Nacional da Fisioterapia na Saúde Coletiva realizado em setembro de 2016 em
Brasília/DF.
Nesta edição são apresentados seis artigos e um resumo de dissertação
que discutem temas relacionados à formação em saúde, trabalho e fisioterapia.
Os textos abordam os seus objetos de pesquisa com uma diversidade de
métodos, que caracterizaram estudos quantitativos e qualitativos, demostrando
que existem vários caminhos, que podem ser percorridos, para se chegar ao
que é considerado por alguns o fim, e para outros, o começo de uma nova
trajetória para o desenvolvimento do conhecimento.
Entre os estudos há pontos de tangência e dispersão, mas os artigos
retratam o que foi definido, no primeiro editorial, como proposta para o escopo
da presente revista. Ser um veículo para divulgação das iniciativas que
“fortalecem o sistema de saúde e as políticas públicas de saúde, e
consequentemente, proporcionam benefícios à saúde da população” e também
de produções de “conhecimento com relevante valor de uso para os
profissionais da saúde e usuários, e que muitas vezes permanecem apenas no
mundo acadêmico, e não são incorporados no cotidiano dos espaços onde se
produz saúde”.
Em plena harmonia com o momento de discussão das DCNs, o trabalho
“O currículo para a formação do fisioterapeuta e sua construção histórica”
propõe algumas reflexões sobre a construção dos diferentes currículos de
fisioterapia, ao longo de 67 anos, e discutem a necessidade de mudança na
formação considerando o modelo de atenção à saúde, a partir da reforma
sanitária, desencadeada na década de 1980 e a implantação do Sistema Único
de Saúde (SUS).
No contexto onde o SUS tem a importante função de ordenar a formação
de trabalhadores na área da saúde e tem o papel de garantir serviços à
sociedade o artigo “Formação para o trabalho no SUS: um olhar para o Núcleo
de Apoio à Saúde da Família e suas categorias profissionais” traz uma análise
da percepção dos acadêmicos do último período dos cursos de Farmácia,
Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Psicologia, Serviço Social e Terapia
Ocupacional sobre os impactos da formação na aquisição de competências e
saberes para atuação no NASF. Os autores reforçam a necessidade de
mobilizações para envolver múltiplos atores, com o objetivo da integração
ensino-serviço e a reorientação da formação profissional.
Não se pode pensar sobre os atores responsáveis pela formação do
profissional de saúde, sem se refletir sobre o trabalho docente. Ao encontro
desse debate, nesta edição, temos a chance de conhecer os impactos das
condições de trabalho dos docentes de uma instituição pública e suas
necessidades físicas e psicológicas para/com a docência.
A presente edição também conta com o artigo que traz uma revisão
bibliográfica dos últimos 10 anos, com o objetivo de discutir as diversas
modalidades de tratamento, farmacológicas e fisioterapêuticas, para a
espasticidade. Entre as conclusões os referidos autores afirmam que existem
uma ampla variedade de métodos para o tratamento da espasticidade, no
entanto, ainda não existe um consenso sobre as modalidades mais eficazes
para a reabilitação.
No artigo “Qualidade de sono e sua relação com fadiga em indivíduos
com esclerose múltipla” é possível conhecer esta relação, o impacto na vida
dessas pessoas e como a fadiga e os problemas de sono parecem ser
multifatoriais e apresentam diferentes formas de manifestação
Os autores Sephora Alves Costa, João Adriano de Barros e Arlete Ana
Motter a partir do relato de experiência de uma paciente portadora de Charcot
Marie Tooth (CMT), com disfunção diafragmática, apresentam as
recomendações para seu tratamento e reforçam que a realização de um
programa de reabilitação, seja motor ou respiratório, é necessário para
manutenção da funcionalidade e para a maior independência.
Por fim é apresentado o resumo da dissertação que nos desperta o
interesse em conhecer qual a percepção dos profissionais fisioterapeutas
atuantes em um Hospital Universitário sobre as competências, valores e
práticas essenciais ao fisioterapeuta para a atuação resolutiva. Bem como,
compreender a visão desses profissionais sobre a contribuição da formação e
da experiência cotidiana no desenvolvimento de sua prática profissional.
Esperamos que os trabalhos aqui apresentados possam contribuir para
o enriquecimento das discussões sobre a formação e atenção à saúde de
qualidade.
A todos uma boa leitura!
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