EDUCAÇÃO EM FISIOTERAPIA NOS CENÁRIOS DE APRENDIZAGEM DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18310/2358-8306.v8n18.a8

Palavras-chave:

Fisioterapia, Ensino Superior, Diretrizes Curriculares Nacionais, Atenção Primária à Saúde, Sistema Único de Saúde.

Resumo

Este estudo analisou a produção científica sobre o processo de formação do fisioterapeuta em cenários de aprendizagem da Atenção Primária à Saúde (APS), identificando práticas de ensino realizadas nesses espaços. Tratou-se de revisão integrativa de literatura na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando três combinações de descritores controlados, acrescidos do operador boleano ‘AND’: Fisioterapia/Ensino/APS; Diretrizes Curriculares Nacionais/Ensino Superior/Sistema Único de Saúde; Fisioterapia/Estágios/APS. Os critérios de inclusão contemplaram artigos de pesquisa sobre a temática, publicados de 2002 a 2019, em português, inglês ou espanhol. Foram analisados 12 artigos. Práticas de ensino na APS foram observadas nos estágios curriculares do último ano do curso, sendo pouco frequentes nas etapas iniciais da graduação. A APS também foi identificada como cenário de formação em disciplinas curriculares obrigatórias envolvendo saúde da comunidade/saúde coletiva e no Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde. Destacaram-se, como atividades desenvolvidas por estudantes de Fisioterapia na APS, atenção domiciliar/visitas às famílias, atividades no território com estudantes de diferentes cursos da saúde e realização de grupos de educação/promoção da saúde. Na perspectiva da interprofissionalidade, a APS mostrou-se um espaço integrador de ações entre as diferentes profissões da saúde. Barreiras para a inserção da APS nos currículos da Fisioterapia associaram-se a fragilidades na formação de docentes e preceptores para atuarem na APS, aspectos relativos à dinâmica das universidades (horários, recessos escolares, alta rotatividade de estudantes) e dos serviços (estrutura física frágil, rotatividade e baixo número de profissionais capacitados para atuação na APS, desconhecimento de usuários/gestores/demais profissionais da saúde em relação à atuação do fisioterapeuta na APS e ausência do fisioterapeuta de referência). Pesquisas ampliando essa estratégia de busca envolvendo mais bases de dados e descritores são recomendadas. Práticas curriculares pautadas na rede de cuidado em saúde que contemplem a APS devem ser estimuladas na formação do fisioterapeuta.

Biografia do Autor

  • Mariana Job Kasper, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

    Graduação em Fisioterapia. Pós-Graduação em reabilitação de membros superiores e Terapia da mão. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ensino na Saúde – Mestrado Profissional da Faculdade de Medicina. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

  • Luiz Fernando Calage Alvarenga, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

    Doutor em Educação. Coordenador da Comissão de Graduação e professor do Curso de Fisioterapia. Professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Ensino na Saúde – Mestrado Profissional da Faculdade de Medicina. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

  • Ramona Fernanda Ceriotti Toassi, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
    Doutora em Educação. Professora associada do Departamento de Odontologia Preventiva e Social da Faculdade de Odontologia e professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Ensino na Saúde – Mestrado Profissional da Faculdade de Medicina. Coordenadora da Coordenadoria de Saúde (CoorSaúde). Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

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Publicado

14-12-2021