EDITORIAL

Autores

  • Luciana Carrupt Machado Sogame Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória

DOI:

https://doi.org/10.18310/2358-8306.v4n7.p05

Resumo

O número atual dos Cadernos de Educação, Saúde e Fisioterapia marcao início do seu quarto ano de publicação. Comemora a sua classificação noQUALIS/CAPES - Quadriênio 2013-2016 como B2 na área de Ensino, B3 naárea de Serviço Social, B4 nas áreas de Saúde Coletiva, Interdisciplinar,Enfermagem e Educação Física e B5 na área de Medicina II e Arquitetura,Urbanismo e Design. Este número é lançado num momento onde a nossa categoriaprofissional em conjunto com usuários, profissionais, educadores e gestores desaúde participaram do processo de construção da minuta de Reformulação dasDiretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) da Fisioterapia. Até o momento foramrealizados 27 Fóruns, em todos os estados brasileiros e o Distrito Federal, com1910 participantes, que representavam Instituições de Ensino Superior,Associações de Especialistas, Sindicatos, Executiva Nacional dos Estudantesde Fisioterapia- ENEFI, Presidentes e conselheiros do Conselho Federal –COFFITO e dos Conselhos Regionais - CREFITO, Secretarias e Serviços deSaúde. Uma análise preliminar dos relatórios das Oficinas de Reformulaçãodas DCNs foi apresentada no III Congresso Brasileiro de Educação emFisioterapia, XXVI Fórum Nacional de Ensino em Fisioterapia e V CongressoNacional da Fisioterapia na Saúde Coletiva realizado em setembro de 2016 emBrasília/DF.Nesta edição são apresentados seis artigos e um resumo de dissertaçãoque discutem temas relacionados à formação em saúde, trabalho e fisioterapia.Os textos abordam os seus objetos de pesquisa com uma diversidade demétodos, que caracterizaram estudos quantitativos e qualitativos, demostrandoque existem vários caminhos, que podem ser percorridos, para se chegar aoque é considerado por alguns o fim, e para outros, o começo de uma novatrajetória para o desenvolvimento do conhecimento.Entre os estudos há pontos de tangência e dispersão, mas os artigosretratam o que foi definido, no primeiro editorial, como proposta para o escopoda presente revista. Ser um veículo para divulgação das iniciativas que“fortalecem o sistema de saúde e as políticas públicas de saúde, econsequentemente, proporcionam benefícios à saúde da população” e tambémde produções de “conhecimento com relevante valor de uso para osprofissionais da saúde e usuários, e que muitas vezes permanecem apenas nomundo acadêmico, e não são incorporados no cotidiano dos espaços onde seproduz saúde”.Em plena harmonia com o momento de discussão das DCNs, o trabalho“O currículo para a formação do fisioterapeuta e sua construção histórica”propõe algumas reflexões sobre a construção dos diferentes currículos defisioterapia, ao longo de 67 anos, e discutem a necessidade de mudança naformação considerando o modelo de atenção à saúde, a partir da reformasanitária, desencadeada na década de 1980 e a implantação do Sistema Únicode Saúde (SUS).No contexto onde o SUS tem a importante função de ordenar a formaçãode trabalhadores na área da saúde e tem o papel de garantir serviços àsociedade o artigo “Formação para o trabalho no SUS: um olhar para o Núcleode Apoio à Saúde da Família e suas categorias profissionais” traz uma análiseda percepção dos acadêmicos do último período dos cursos de Farmácia,Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Psicologia, Serviço Social e TerapiaOcupacional sobre os impactos da formação na aquisição de competências esaberes para atuação no NASF. Os autores reforçam a necessidade demobilizações para envolver múltiplos atores, com o objetivo da integraçãoensino-serviço e a reorientação da formação profissional.Não se pode pensar sobre os atores responsáveis pela formação doprofissional de saúde, sem se refletir sobre o trabalho docente. Ao encontrodesse debate, nesta edição, temos a chance de conhecer os impactos dascondições de trabalho dos docentes de uma instituição pública e suasnecessidades físicas e psicológicas para/com a docência.A presente edição também conta com o artigo que traz uma revisãobibliográfica dos últimos 10 anos, com o objetivo de discutir as diversasmodalidades de tratamento, farmacológicas e fisioterapêuticas, para aespasticidade. Entre as conclusões os referidos autores afirmam que existemuma ampla variedade de métodos para o tratamento da espasticidade, noentanto, ainda não existe um consenso sobre as modalidades mais eficazespara a reabilitação.No artigo “Qualidade de sono e sua relação com fadiga em indivíduoscom esclerose múltipla” é possível conhecer esta relação, o impacto na vidadessas pessoas e como a fadiga e os problemas de sono parecem sermultifatoriais e apresentam diferentes formas de manifestaçãoOs autores Sephora Alves Costa, João Adriano de Barros e Arlete AnaMotter a partir do relato de experiência de uma paciente portadora de CharcotMarie Tooth (CMT), com disfunção diafragmática, apresentam asrecomendações para seu tratamento e reforçam que a realização de umprograma de reabilitação, seja motor ou respiratório, é necessário paramanutenção da funcionalidade e para a maior independência.Por fim é apresentado o resumo da dissertação que nos desperta ointeresse em conhecer qual a percepção dos profissionais fisioterapeutasatuantes em um Hospital Universitário sobre as competências, valores epráticas essenciais ao fisioterapeuta para a atuação resolutiva. Bem como,compreender a visão desses profissionais sobre a contribuição da formação eda experiência cotidiana no desenvolvimento de sua prática profissional.Esperamos que os trabalhos aqui apresentados possam contribuir parao enriquecimento das discussões sobre a formação e atenção à saúde dequalidade.A todos uma boa leitura!

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Publicado

28-03-2018