Promoção a saúde de estudantes universitários: contribuições para um espaço de integração e acolhimento

Autores

  • Mussio Pirajá Mattos Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) https://orcid.org/0000-0002-8792-5860
  • Daiene Rosa Gomes Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB)
  • Italo Ricardo dos Santos Aleluia Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB)
  • Maria Lidiany Tributino Sousa Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB)

DOI:

https://doi.org/10.18310/2446-4813.2018v4n4p159-173

Resumo

O objetivo desse artigo foi relatar uma iniciativa de integração universitária com uso de viagem educacional e oficinas temáticas sobre práticas de autocuidado com estudantes da Universidade Federal do Oeste da Bahia. Trata-se de um relato de experiência com uso de metodologias ativas e práticas de autocuidado durante a Semana de Integração Universitária. A Semana de Integração é uma estratégia de recepção para os discentes, logo no início da graduação, que acontece anualmente com uma programação técnica, científica, artística e cultural. A utilização da viagem educacional e oficinas temáticas como novas formas de trabalhar no ensino superior possibilitam perspectivas ampliadas na relação universidade-discentes-docentes. Os professores trabalharam como facilitadores e foi possível perceber aspectos positivos como a satisfação, envolvimento, vínculo, reflexão, comunicação, empatia que contribuíram para gerar um intercâmbio de aprendizagens. Desta forma, a experiência foi assertiva motivando os estudantes, a interdisciplinaridade, o autocuidado, a resiliência e construção coletiva do conhecimento para dentro e fora do ambiente universitário.

Biografia do Autor

Mussio Pirajá Mattos, Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB)

Doutorando em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Espírito Santo (PPGSC-UFES). Docente do Centro das Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Federal do Oeste da Bahia.

Daiene Rosa Gomes, Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB)

Doutoranda em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Espírito Santo (PPGSC-UFES). Docente do Centro das Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Federal do Oeste da Bahia.

Italo Ricardo dos Santos Aleluia, Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB)

Doutorando em Saúde Coletiva pela Universidade Federal da Bahia (ISC-UFBA). Docente do Centro das Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Federal do Oeste da Bahia.

Maria Lidiany Tributino Sousa, Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB)

Doutora em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual do Ceará (PPGSC-UECE). Docente do Centro das Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Federal do Oeste da Bahia.

Referências

Silva EC, Heleno MGV. Qualidade de Vida e Bem-Estar Subjetivo de Estudantes Universitários. Revista Psicologia e Saúde. 2012 4(1): 69-76.

Schleich AL. (2006). Integração na educação superior e satisfação acadêmica de estudantes ingressantes e concluintes. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas: Campinas.

Joly MC, Santos AAA, Sisto FF. Questões do cotidiano universitário. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.

Santos AA, Noronha AP, Amaro CB, Villar J. Questionário de Vivência Acadêmica: estudo da consistência interna do instrumento no contexto brasileiro. In: Joly MC, Santos AAA, Sisto FF. (Orgs.). Questões do cotidiano universitário. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.

Martins A, Pacheco A, Jesus SN. Estilos de vida de estudantes do ensino superior. Mudanças: psicologia da saúde. 2008. 16 (2): 100-108.

World Health Organization. A Glossary of Terms for Community Health Care and Services for Older Persons. WHO: Geneva; 2004.

Nahas MV, Barros MVG, Francalacci V. O pentáculo do bem-estar: base conceitual para avaliação do estilo de vida de indivíduos e grupos. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, Pelotas, 2000; 2(5): 48-59.

Silva DAS, Quadros TMB,GordiaAP, Petroski, EL. Associação do sobrepeso com variáveis sócio-demográficas e estilo de vida em universitários. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2011;16 (11): 4473-447.

Ozdemir U, Tuncay T. Correlates of loneliness among university students. ChildAdolescPsychiatryMent Health. 2008;2(1):29.

Ferreira FMPB, Brito IS, Santos MR. Programas de promoção da saúde no ensino superior: revisão integrativa de literature. Rev Bras Enfer. 2018;71(4):1814-1823.

Feuerwerker LCM. Além do discurso de mudança na educação médica. São Paulo: Hucitec; 2002.

Becker F. A origem do conhecimento e a aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artmed; 2003.

Mourthé Junior CA, Lima VV, Padilha RQ. Integrating emotions and rationalities for the development of competence in active learning methodologies. Interface (Botucatu). 2018; 22 (65): 577-88.

Freire P. Educação e mudança. São Paulo: Paz e Terra; 1999.

Carvalho FFB. Práticas corporais e atividades físicas na Atenção Básica do Sistema Único de Saúde – ir além da prevenção das doenças crônicas não transmissíveis é necessário. Movimento. 2016; 22(2).

Fraga AB, Wachs F. Organizadores. Educação física e saúde coletiva: políticas de formação e perspectivas de intervenção. Porto Alegre: UFRGS; 2007.

Goleman D. Inteligência emocional. Rio de Janeiro: Objetiva, 1996.

Mayer JD & Salovey P. ¿Qué es la inteligencia emocional? In J. M. M., Navas, & P. F., Berrocal. (Coord.). Manual de inteligencia emocional. 2007; 25-45.

Rodriguez VMH, Scherer ZAP. Motivação do estudante universitário para o consumo de drogas legais. Rev Latino-Am de Enfer. 2008; 16: 572-576.

Picolotto E, Libardoni LFC, MIGOTT AMB, GEIB LTC. Prevalência e fatores associados com o consumo de substâncias psicoativas por acadêmicos de enfermagem da Universidade de Passo Fundo. Ciênc. Saúde Colet. 2010; 15(3): 645-654.

Sclithler ACB, Ceron M, Gonçalves DA. Gestão do cuidado: Abordagem familiar e clínica ampliada. Unidade 15: UMA-SUS – Universidade Aberta do SUS, UNIFESP.

Campos GWS, Amaral MA. A clínica ampliada e compartilhada, a gestão democrática e redes de atenção como referenciais teórico-operacionais para a reforma do hospital. Ciênc. saúde coletiva. 2007; 12 (4): 849-859.

Chacra FC. Vulnerabilidade e Resiliência: repensando a assistência integral à saúde da pessoa e da família. Campinas, 2000.

Mattos, MP. Viagem educacional e oficinas temáticas como ferramentas de formação construtivista em psicofarmacologia clínica. Reciis – Ver Eletron Comun Inf Inov Saúde. 2018;12(4):478-488.

Pinheiro MCB. Projeto de Intervenção: acolhimento como diretriz operacional no centro de atenção psicossocial (CAPS) José Carlos Souto, Fundação Oswaldo Cruz, Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Curso de especialização em gestão de sistemas e serviços de saúde, Recife, 2010.

Freire P. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. Editora: Paz e Terra. 2011.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. Clínica ampliada e compartilhada / Ministério da Saúde, secretaria de Atenção à Saúde, Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 64 p. (Série B. Textos Básicos de Saúde).

Terezam R, Reis-Queiroz J, Hoga LAK. A importância da empatia no cuidado em saúde e enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem [Internet]. 2017; 70(3):669-70.

Straub RO. Psicologia da Saúde. Porto Alegre: Artes Médicas, 2005.

Soar EJ. A interação médico-cliente. Revista da Associação Médica Brasileira. 1998. 44(1): 35-42.

Balint M. O médico, seu paciente e a doença. Rio de Janeiro: Atheneu, 1956/1988.

Dias CV. Percepções de estudantes sobre comunicação em saúde: Implicações para a atuação profissional. 132 f. Dissertação (Mestrado em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde) - Universidade de Brasília, Brasília, 2011.

Kunzler LS. Pense saudável: contribuições da terapia cognitiva para promoção da saúde e incremento da qualidade de vida. Dissertação (Mestrado em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde) - Universidade de Brasília, Brasília, 2011.

Mello J, Burd M. Psicossomática hoje. 2 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2010.

Brasil. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes curriculares para os cursos de graduação em enfermagem, medicina e nutrição. Brasília, 2001.

Brasil. Ministério da Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Diretrizes para a implementação do HumanizaSUS. Brasília, 2003.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. AprenderSUS: O SUS e os cursos de graduação da área da saúde. Brasília, 2004.

Branch WT, et al. Teaching the human dimensions of care in clinical settings. JAMA -The Journal of American Medical Association. 2001. 286(9): 1067-1074:

Assunção GSI, Queiroz E. Abordagem do tema “relação profissional de saúde-paciente” nos cursos de saúde da Universidade de Brasília. Psicologia: ensino & formação. 2015. 6(2): 18-36

Aguiar AC, Ribeiro ECO. Conceito e avaliação de habilidades e competência na educação médica: Percepções atuais dos especialistas. Rev Bras Educ. Méd. 2010. 34(3): 371-378.

Amâncio A. Dilemas e desafios da formação profissional em saúde. Interface -Comunicação, Saúde, Educação. 2004. 8(15): 375-380.

Cruz DKA. Da promoção à prevenção: o processo de formulação da política nacional de promoção da saúde no período de 2003 a 2006 [dissertação]. Recife: Fundação Oswaldo Cruz; 2010.

Martinez JFN, Silva AM, Silva MS. As diretrizes do NASF e a presença do profissional em Educação Física. Motrivivência. 2014; 26(42): 207-221

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde na escola / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 160 p.

Carvalho SR, Gastaldo, D. Promoção à saúde e empoderamento: uma reflexão a partir das perspectivas crítico-social pós-estruturalista. Cien Saude Colet 2008; 13(Supl. 2): S2029-S2040.

Hallal PC, Dumith SC, Bastos JP, Reichert FF, Siqueira FV, Azevedo MR. Evolução da pesquisa epidemiológica em atividade física no Brasil: revisão sistemática. Rev Saude Publica 2007; 41(3):453-460

Spinoza B. Ética. Tradução de Tomaz Tadeu. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009. 240 p.

Downloads

Publicado

2019-06-30

Como Citar

Mattos, M. P., Gomes, D. R., Aleluia, I. R. dos S., & Sousa, M. L. T. (2019). Promoção a saúde de estudantes universitários: contribuições para um espaço de integração e acolhimento. aúde m edes, 4(4), 159–173. https://doi.org/10.18310/2446-4813.2018v4n4p159-173

Edição

Seção

Relato de Experiência

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)