Avaliação da Sonolência Diurna de pacientes que iniciaram tratamento hemodialítico pelo Sistema Único de Saúde no oeste catarinense
DOI:
https://doi.org/10.18310/2446-4813.2020v6n2p87-95Palavras-chave:
Sonolência, Hemodiálise, Doença Renal CrônicaResumo
A Doença Renal Crônica caracteriza-se pela redução significativa das funções renais. Dessa forma, esta doença classifica-se em estágios, de modo que, quando o paciente atinge o estágio cinco, faz-se necessário iniciar a terapia renal substitutiva, a saber: a hemodiálise. Ao iniciar a hemodiálise, alterações significativas são perceptíveis na vida do paciente, haja vista que o tratamento possui elevada complexidade, interferindo, assim, na qualidade de vida do doente. Essas alterações podem ser percebidas por meio da modificaçãodo padrão do sono. O objetivo do estudo foi avaliar a porcentagem de pacientes com sonolência diurna excessiva em tratamento hemodialítico no Sistema Único de Saúde, no oeste de Santa Catarina. A população alvo compreendeu pacientes em terapia renal substitutiva na modalidade hemodiálise de ambos os sexos, maiores de 18 anos, em tratamento por um período superior a um mês e inferior a doze meses. A análise foi quantitativa, sendo realizado o cálculo por porcentagem. Os 22 pacientes participantes do estudo que iniciaram o tratamento hemodialítico há um curto período de tempo (um mês à doze meses), apresentaram os seguintes resultados por meio da aplicação da escala de Epworth: 0-5 pontos: 8 pacientes; 7-10 pontos: 4 pacientes; 11-15 pontos: 8 pacientes; 16-21 pontos: 2 pacientes. Por conseguinte, 45,5% dos pacientes apresentaram sonolência excessiva diurna, conforme escores da escala. Os pacientes em hemodiálise apresentam mudanças deletérias em suas atividades diárias em decorrência do tratamento, desse modo, é indispensável identificar essas alterações para, posteriormente, reduzi-las, principalmente no que tange ao padrão do sono.Referências
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