Perfil epidemiológico e dinâmica da distribuição dos acidentes aracdônicos em humanos no estado de São Paulo, 2007-2018
DOI:
https://doi.org/10.18310/2446-4813.2022v8n3p347-359Palavras-chave:
Aracnídeos, Animais Venenosos, Epidemiologia Descritiva, Saúde PúblicaResumo
Objetivo: descrever o perfil epidemiológico de acidentes aracdônicosenvolvendo humanos e sua dinâmica de distribuição no estado de São Paulo entre2007 a 2018. Método: estudo epidemiológico do tipo descritivo. Foram utilizadosdados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, sendo utilizada variáveisrelacionadas ao tipo de acidente e caracterização das vítimas. Por meio de estatísticadescritiva e indicadores de saúde (coeficiente de incidência), obteve-se o diagrama decontrole e a distribuição espacial. A população foi obtida pela Fundação SistemaEstadual de Análise de Dados do estado de São Paulo. Resultados: no períodoestudado, observou-se que, em sua maioria, o gênero das aranhas foi ignorado(53,3%). Dos gêneros identificados, a Phoneutria apresentou maior prevalência(18,9%), sendo as mãos / dedos das mãos os seguimentos mais acometimento (38,0%).A maioria dos acidentes envolveu homens (60,1%), entre 20 a 59 anos de idade(59,6%) e residentes da zona urbana (49,5%). Quase 50% dos casos confirmados nãoinformaram a escolaridade e menos de 1% da amostra era gestante. O diagrama decontrole revelou uma estimativa de epidemia entre setembro e dezembro de 2018 eos meses com maiores registros correspondem ao verão. Os municípios queapresentaram maiores índices se localizaram entre as regiões nordeste e sudoeste doestado, sendo Campo Limpo Paulista o município com maior estimativa do coeficientede incidência. Conclusão: houve alta incidência nos municípios do estado estudadoque se situaram em regiões de Floresta Ombrófila Densa. Por isso, sugere-se que essasregiões tenham maior monitoramento à cerca desses acidentes.Referências
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