Perfil epidemiológico e dinâmica da distribuição dos acidentes aracdônicos em humanos no estado de São Paulo, 2007-2018

Autores

  • Sabrina Rakli Francisco Universidade São Judas Tadeu
  • Jhéssica Cristina Scarduelli Baldassin Universidade São Judas Tadeu
  • Roudom Ferreira Moura Universidade de São Paulo – FSPUSP
  • Ana Paula Miranda Mundim Pombo Universidade Nilton Lins

DOI:

https://doi.org/10.18310/2446-4813.2022v8n3p347-359

Palavras-chave:

Aracnídeos, Animais Venenosos, Epidemiologia Descritiva, Saúde Pública

Resumo

Objetivo: descrever o perfil epidemiológico de acidentes aracdônicosenvolvendo humanos e sua dinâmica de distribuição no estado de São Paulo entre2007 a 2018. Método: estudo epidemiológico do tipo descritivo. Foram utilizadosdados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, sendo utilizada variáveisrelacionadas ao tipo de acidente e caracterização das vítimas. Por meio de estatísticadescritiva e indicadores de saúde (coeficiente de incidência), obteve-se o diagrama decontrole e a distribuição espacial. A população foi obtida pela Fundação SistemaEstadual de Análise de Dados do estado de São Paulo. Resultados: no períodoestudado, observou-se que, em sua maioria, o gênero das aranhas foi ignorado(53,3%). Dos gêneros identificados, a Phoneutria apresentou maior prevalência(18,9%), sendo as mãos / dedos das mãos os seguimentos mais acometimento (38,0%).A maioria dos acidentes envolveu homens (60,1%), entre 20 a 59 anos de idade(59,6%) e residentes da zona urbana (49,5%). Quase 50% dos casos confirmados nãoinformaram a escolaridade e menos de 1% da amostra era gestante. O diagrama decontrole revelou uma estimativa de epidemia entre setembro e dezembro de 2018 eos meses com maiores registros correspondem ao verão. Os municípios queapresentaram maiores índices se localizaram entre as regiões nordeste e sudoeste doestado, sendo Campo Limpo Paulista o município com maior estimativa do coeficientede incidência. Conclusão: houve alta incidência nos municípios do estado estudadoque se situaram em regiões de Floresta Ombrófila Densa. Por isso, sugere-se que essasregiões tenham maior monitoramento à cerca desses acidentes.

Biografia do Autor

Sabrina Rakli Francisco, Universidade São Judas Tadeu

Graduada em Medicina Veterinária pela Universidade São Judas Tadeu – São Paulo/SP

Jhéssica Cristina Scarduelli Baldassin, Universidade São Judas Tadeu

Graduada em Medicina Veterinária pela Universidade São Judas Tadeu – São Paulo/SP

Roudom Ferreira Moura, Universidade de São Paulo – FSPUSP

Doutor em Ciências pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo – FSPUSP

Ana Paula Miranda Mundim Pombo, Universidade Nilton Lins

Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo

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Publicado

2022-12-29

Como Citar

Francisco, S. R., Baldassin, J. C. S., Moura, R. F., & Pombo, A. P. M. M. (2022). Perfil epidemiológico e dinâmica da distribuição dos acidentes aracdônicos em humanos no estado de São Paulo, 2007-2018. aúde m edes, 8(3), 347–359. https://doi.org/10.18310/2446-4813.2022v8n3p347-359

Edição

Seção

Artigos Originais