PROPOSTA DE AÇÕES EM SAÚDE PARA A TERCEIRA IDADE: UM RELATO DE EXPERIENCIA A PARTIR DA ATUACAO DO SANITARISTA
DOI:
https://doi.org/10.18310/2446-4813.2016v2n3p318-327Palavras-chave:
envelhecimento, saúde do idoso, socialização, qualidade de vida, Promoção da SaúdeResumo
Objetivo: Apresentar a construção de um projeto de intervenção para a terceira idade, com ações cujas ênfases foram a promoção de uma vida mais saudável, e o reconhecimento do idoso como um cidadão ativo no processo do cuidado com a saúde e do envelhecimento. Métodos: Realizou-se o mapeamento de unidades de saúde que realizam grupos de idosos em Porto Alegre. Algumas destas unidades foram visitadas. Como técnica de coleta de informações utilizou-se a observação participante e a condução de entrevistas. Paralelamente a isso, foram realizadas leituras sobre envelhecimento saudável e técnicas de condução de grupos de convivência para idosos. Resultados: Planejou-se uma lista de atividades que foram desenvolvidas num grupo de idosos. Foram contatados voluntários para a condução de atividades, as quais necessitavam de habilidades artísticas especificas. As demais técnicas e atividades foram desenvolvidas pelas autoras e equipe de saúde. Todas as atividades foram discutidas com a equipe de saúde e com os participantes antes de serem implementadas. As atividades foram avaliadas, posteriormente, pelos profissionais e pelos idosos participantes. Considerações finais: Nesta experiência, os espaços de grupos deixaram de ser um encontro para resolver problemas relacionados ao adoecimento, consolidando-se como um espaço de produção de saúde e de formação de vínculo profissional/usuário e entre os participantes. Recomenda-se a realização de atividades como as apresentadas nessa proposta, tendo em vista a necessidade de transformação dos espaços tradicionais de saúde e a necessidade de espaços de produção de saúde fora dos serviços tradicionais.Referências
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sala de Imprensa: Tábuas completas de Mortalidade 2009. Brasília: IBGE, 2009.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sinopse de Censo Demográfico 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/sinopse.pdf> Acesso em: 10 abr. 2016
Santos CTB, Andrade LOM, Silva MJ, Sousa MF. Percurso do idoso em redes de atenção à saúde: um elo a ser construído. Physis: Revista de Saúde Coletiva. 2016 mar; 26(1):45-62.
Santos FH; Andrade VM, Bueno OFA. Envelhecimento: um processo multifatorial. Psicologia em Estudo, Maringá. 2009; 14(1):3-10.
Neri A.(org.). Psicologia do envelhecimento. Campinas, SP: Papirus, 1995. 276p.
Camarano AA, Pasinato MT. O envelhecimento populacional na agenda das políticas públicas. In: _____ (Org.). Os novos idosos brasileiros: muito além dos 60? Rio de Janeiro: Ipea, 2004. p. 253-292.
Vasconcelos AMN, Gomes MMF. Transição demográfica: a experiência brasileira. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília. 2012; 21(4):539-548.
Garrido R, Menezes PR. O Brasil está envelhecendo: boas e más notícias por uma perspectiva epidemiológica. Rev. Bras. Psiquiatr. São Paulo. 2002; 24(supl.1).
Camacho ACLF, Coelho MJ. Políticas públicas para a saúde do idoso: revisão sistemática. Rev. bras. enferm., Brasília. 2010; 63(2):279-84.
Martins AB, D’Ávila OP, Hilgert JB, Hugo FN. Atenção Primária a Saúde voltada as necessidades dos idosos: da teoria à prática. Ciência & Saúde Coletiva. 2014 ago; 19(8):3403-3416.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 192 p.
Camarano AA, Kanso S, Melo JL. Como vive o idoso brasileiro? In: Camarano AA, organizador. Os novos idosos brasileiros: muito além dos 60? Rio de Janeiro: IPEA; 2004. p. 25-73.
World Health Organization (WHO). Acción sobre los factores sociais determinantes de La salud: aprender de lãs experiências anteriores. Genebra: Comicón Sobre Determinantes Sociales de La Salud; 2005.
Terris M. Conceptos de La promoción de La salud: dualidades de La teoria de La salude publica. In: OPS. Promoción de La salude: uma antologia. OPS. p. 37-44, 1996.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria GM nº 2.528 de 19 de outubro de 2006 - Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa – PNSI. Brasília, 2006.
Alves, JED Transição demográfica, transição da estrutura etária e envelhecimento. Revista Portal de Divulgação. 2014, 4(40).
Zimerman GI. Grupos com idosos. In: Zimerman, D.E. Como trabalhamos com grupos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
Castro OP. O processo grupal, a subjetividade e a ressignificação da velhice. In.: Castro OP. Velhice: que idade é essa? Porto Alegre: Síntese, 1998.
Lobiondo-Wood G, Haber J. Pesquisa em enfermagem: métodos, avaliação crítica e utilização. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
Rudio FV. Introdução ao projeto de pesquisa científica. Petrópolis(RJ): Vozes; 1986.
Barros AJP, Lehfeld NAS. Projeto de pesquisa: propostas metodológicas. Petrópolis (RJ): Vozes; 1994.
VALLADARES. L. Os dez mandamentos da observação participante. Rev. bras. Ci. Soc. (São Paulo), v.22, n.63, feb. 2007.
GARCIA, et al. A influência da dança na qualidade de vida dos idosos. Revista EFDesportes.com, 2009. Disponível em <http://www.efdesportes.com/efd139/a-danca-na-qualidade-de-vida-dos-idosos.htm>. Acesso em 14 mai 2016.
Cipriani NCS, Meurer ST, Benedetti TRB, Lopes MA. Aptidão funcional de idosas praticantes de atividades físicas. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 2010;12(2):106-11.
Salgado MA. Os Grupos e a ação pedagógica do trabalho social com idosos. A Terceira Idade: Estudos sobre Envelhecimento 2007;18(39):67-78
Yokoyama CE, Carvalho RS, Vizzotto MM. Qualidade de vida na velhice segundo a percepção de idosos freqüentadores de um centro de referência. Psicólogo inFormação 2006;10(10):57-82
Weller W, Bassalo LMB. Imagens: documentos de visões de mundo. Sociologias, Porto Alegre. 2011 dez; 13(28).
Sidney WM. Comida e Antropologia: Uma breve revisão. RBCS. 2001 out; 16(47).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os direitos autorais para artigos publicados neste periódico são do autor, com os direitos de publicação para o periódico. Este periódico é de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no link a seguir https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR).