Intersetorialidade e o trabalho em equipe: casos de estudo do Brasil e da Itália
DOI:
https://doi.org/10.18310/2446-4813.2018v4n1p23-34Palavras-chave:
Saúde Coletiva, Cuidado, Serviços de SaúdeResumo
Dois casos de estudo na atenção primária que se destacam na criação de estratégias para o enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmíssiveis (DCNT), podem ser observados no Brasil e na Itália: a experiência do Serviço de Saúde Comunitária que integra o Grupo Hospitalar Conceição no Brasil e a Unidade Sanitária Local de Ferrara que integra o Serviço Sanitário Regional da Emilia Romagna na Itália. Tendo em vista estes dois casos, este estudo tem como objetivo evidenciar e problematizar similaridades e diferenças entre os contextos no que se refere a estratégias relacionadas à organização do cuidado às condições crônicas. A metodologia utilizada foi prioritariamente qualitativa, uma vez que se se baseou em leituras, análises documentais e observações. Colocando em análise os dois casos, observou-se que ambos apresentam propostas significativas, contudo, ainda identificam-se problemáticas em relação ao trabalho em equipe e a intersetorialidade. No caso italiano, merece destaque a intersetorialidade como estratégia ainda em construção, bem como a falta de uma cultura de trabalho em equipe e a cogestão fragmentária, em que os médicos se colocam fora do sistema. No caso brasileiro, ao contrário, existe trabalho em equipe, contudo, o ato de trabalhar com novas estratégias, gera certo desconforto na equipe. Em relação a intersetorialidade, há iniciativas para ações intersetoriais, contudo, ainda existem barreiras para a sua aplicabilidade. Conclui-se que a implementação de um novo modelo assistencial, voltado para as DCNT, necessita ainda ser assimilado no cotidiano dos serviços de saúde, pelos profissionais/equipes de saúde e pelos gestores da saúde.Referências
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