Intersetorialidade e o trabalho em equipe: casos de estudo do Brasil e da Itália

Autores

  • Cassiane Silocchi Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos
  • José Roque Junges Professor, Doutor - Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos
  • Martino Ardigò Professor, Doutor - Universidade de Bologna

DOI:

https://doi.org/10.18310/2446-4813.2018v4n1p23-34

Palavras-chave:

Saúde Coletiva, Cuidado, Serviços de Saúde

Resumo

Dois casos de estudo na atenção primária que se destacam na criação de estratégias para o enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmíssiveis (DCNT), podem ser observados no Brasil e na Itália: a experiência do Serviço de Saúde Comunitária que integra o Grupo Hospitalar Conceição no Brasil e a Unidade Sanitária Local de Ferrara que integra o Serviço Sanitário Regional da Emilia Romagna na Itália. Tendo em vista estes dois casos, este estudo tem como objetivo evidenciar e problematizar similaridades e diferenças entre os contextos no que se refere a estratégias relacionadas à organização do cuidado às condições crônicas. A metodologia utilizada foi prioritariamente qualitativa, uma vez que se se baseou em leituras, análises documentais e observações. Colocando em análise os dois casos, observou-se que ambos apresentam propostas significativas, contudo, ainda identificam-se problemáticas em relação ao trabalho em equipe e a intersetorialidade. No caso italiano, merece destaque a intersetorialidade como estratégia ainda em construção, bem como a falta de uma cultura de trabalho em equipe e a cogestão fragmentária, em que os médicos se colocam fora do sistema. No caso brasileiro, ao contrário, existe trabalho em equipe, contudo, o ato de trabalhar com novas estratégias, gera certo desconforto na equipe. Em relação a intersetorialidade, há iniciativas para ações intersetoriais, contudo, ainda existem barreiras para a sua aplicabilidade. Conclui-se que a implementação de um novo modelo assistencial, voltado para as DCNT, necessi­ta ainda ser assimilado no cotidiano dos serviços de saúde, pelos profissionais/equipes de saúde e pe­los gestores da saúde. 

Biografia do Autor

Cassiane Silocchi, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

Doutoranda - PPG Saúde Coletiva

José Roque Junges, Professor, Doutor - Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

Linha de pesquisa: Vulnerabilidade em Saúde e Bioética - PPG Saúde Coletiva

Martino Ardigò, Professor, Doutor - Universidade de Bologna

Centro de Saúde Internacional e Intercultural - Departamento de Ciências Médicas e Cirúrgicas

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Publicado

2018-06-22

Como Citar

Silocchi, C., Junges, J. R., & Ardigò, M. (2018). Intersetorialidade e o trabalho em equipe: casos de estudo do Brasil e da Itália. aúde m edes, 4(1), 23–34. https://doi.org/10.18310/2446-4813.2018v4n1p23-34

Edição

Seção

Artigos Originais