Representação Espacial das Doenças Negligenciadas no Estado do Tocantins
DOI:
https://doi.org/10.18310/2446-4813.2021v7n1p99-113Keywords:
Atenção Básica, Doenças negligenciadas, GeoprocessamentoAbstract
As doenças negligenciadas consistem em agravos prevalentes em toda a população, mas com maior incidência em indivíduos em situação de vulnerabilidade social. O georreferenciamento surge neste momento como estratégia de orientação da ESF no controle de agravos, atuando como instrumento de reconhecimento, análise, definição de prioridades e intervenção, através da inter-relação entre os princípios da atenção básica e da vigilância em saúde. Este estudo teve como objetivo entender o comportamento dos agravos hanseníase, leishmaniose tegumentar americana, leishmaniose visceral e tuberculose, consideradas moléstias negligenciadas, encontradas no Estado do Tocantins, sob perspectiva da análise espacial, no período de 2013 a 2017, e justificadas por meio de análise bibliográfica complementar. A metodologia empregada amparou-se no princípio metodológico ecológico observacional descritivo, que possibilitou o discernimento sobre tais doenças, a partir de dados secundários colhidos no Sistema de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) com posterior espacialização e representação cartográfica, através da elaboração de mapas temáticos que melhor caracterizasse as variáveis estudadas por meio do software QGIS. Como resultado, foi possível analisar a distribuição dos agravos em estudo no estado do Tocantins, trazendo as possíveis causas relacionadas à dificuldade de controle destas moléstias neste território. Concluiu-se que apesar das doenças negligenciadas serem possíveis de controle, infelizmente, a gestão de saúde não tem conseguido aplicar estratégias suficientes para a redução do índice de morbidade, e o georreferenciamento mostrou-se como um forte instrumento de suporte para a adoção de táticas pontuais para o manejo de doenças.References
Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica [arquivo na Internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2012 [acessado 2018 ago 24]. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes /geral/pnab.pdf
Faria LS, Bertolozzi MR. A vigilância na Atenção Básica à Saúde: perspectivas para o alcance da Vigilância à Saúde. Revista da Escola de Enfermagem da USP [periódico na Internet]. 2010 [acessado 2018 jul 25]; 44(3): [cerca de 7 p.]. Disponível em: http://www.producao.usp.br/handle/BDPI/3766
Brasil. Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde. Oficina de prioridades de pesquisa em saúde. Informativo Decit [periódico na Internet]. 2008 [acessado 2018 jul 25]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/boletim_doencas_negligenciadas.pdf
Batalha E, Morosini L. Atenção aos esquecidos. Radis [periódico na Internet]. 2013 [acessado 2018 nov 03]; 124: [cerca de 10 p.]. Disponível em http://www6.ensp.fiocruz.br/radis/sites/defau lt/files/para_o_site_0.pdf
Brasil. Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde. Doenças negligenciadas: estratégias do Ministério da Saúde. Rev Saúde Pública [periódico na Internet]. 2010 [acessado 2018 jul 25]; 44(1): [cerca de 3 p.]. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v44n1/23.pdf
Villa TCS. Estratégias de pesquisa para o controle de doenças negligenciadas: projetos colaborativos de enfermagem em rede. Revista Latino-Americana de Enfermagem [periódico na Internet]. 2009 [acessado 2018 jul 23]; 17(4): [cerca de 2 p.]. Disponível em: http://www.redalyc.org/pdf/2814/281421910001.pdf
Müller EPL, Cubas MR, Bastos LC. Georreferenciamento como instrumento de gestão em unidade de saúde da família. Rev Bras Enferm [periódico na Internet]. 2010 [acessado 2018 jul 24]; 63(6): [cerca de 5 p.]. Disponível em: http://www.redalyc.org/html/2670/267019463017/
Barcellos C, Ramalho WM, Gracie R, Magalhães MDAF, Fontes MP, Skaba D. Georreferenciamento de dados de saúde na escala submunicipal: algumas experiências no Brasil. Epidemiologia e serviços de saúde [periódico na internet]. 2008 [acessado 2018 jul 23]; 17(1): [cerca de 12 p.]. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/scie lo.php?lng=en&pid=S1679-49742008000100006&script=sci_abstract Acesso em: 23/07/2018.
Lima-Costa MF, Barreto SM. Tipos de estudos epidemiológicos: conceitos básicos e aplicações na área do envelhecimento. Epidemiologia e Serviços de Saúde [periódico da internet]. 2003 [acessado 2020 jul 11]; 12(4): [cerca de 13 p.]. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/pdf/ess/v12n4/v12n4a03.pdf Acesso em: 12/07/2020.
Augusto MN; Nucci LB. O uso de dados públicos de indicadores de saúde em artigos científicos. PUC – Campinas: Anais do XX Encontro de Iniciação Científica; Anais do V Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação [arquivo na Internet]. 2015 [acessado 2018 jul 22] [cerca de 4 p.] Disponível em: http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:uosi3m99VFgJ:www.puc-campinas.edu.br/websist/Rep/Sic08/Resumo/2015811_0248_36691731_resesu.pdf+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br Acesso em: 22/07/2018.
Bertin J. A neográfica e o tratamento da informação. Curitiba: Ed. da UFPR; 1986.
Almeida RM, Reis RB, Araújo PSR. Saneamento e Saúde Ambiental no entorno de áreas com habitação social em Salvador — BA. Research, Society and Development [periódico da internet]. 2020 [acessado 2010 jul 12]; 9(7): [cerca de 17 p.]. Disponível em: file:///C:/Users/durva/Downloads/4657-23281-1-PB.pdf Acesso em: 12/07/2020.
Souza CDF, Luna CF, Magalhães MAFM. Transmissão da hanseníase na Bahia, 2001-2015: modelagem a partir de regressão por pontos de inflexão e estatística de varredura espacial. Epidemiol. Serv. Saude [periódico da internet]. 2020 [acessado 2010 jul 12]; 28(1): [cerca de 12 p.]. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ress/v28n1/2237-9622-ress-28-01-e2018065.pdf Acesso em: 12/07/2020.
Amaro RR, Costa WA. Transformações Socioespaciais no Estado do Rio de Janeiro Enquanto Determinante Social da Saúde: no Contexto das Leishmanioses. Hygeia [periódico da internet]. 2017 [acessado 2010 jul 12]; 13(26): [cerca de 13 p.]. Disponível em: file:///C:/Users/durva/Downloads/39743-Texto%20do%20artigo-168909-1-10- 0171206.pdf Acesso em: 12/07/2020.
Schramm JMA, Emmerick I, Campos MR, Mendes LVP. Spatial analysis of neglected diseases in Brazil, 2007-2009. Tempus, actas de saúde colet [periódico da internet]. 2016 [acessado 2010 jul 12]; 10(2): [cerca de 24 p.]. Disponível em: file:///C:/Users/durva/Downloads/1878-5060-1-PB.pdf Acesso em: 12/07/2020.
Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica (DAB). Histórico de implantação de equipes [página na Internet], 2019 [acessado 2019 jan 10]. Disponível em: http://dab.saude.gov.br/portaldab/historico_pagamento_sf.php Acesso em: 10/01/2019.
Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS. Informações de saúde (TABNET) – Rede Assistencial [página na Internet], 2019 [acessado 2019 jan 10]. Disponível em: http://datasus.saude.gov.br/informacoes-de-saude/tabnet/rede-assistencial Acesso em: 10/01/2019.
Brasil. Ministério da Saúde. Guia prática sobre a hanseníase [arquivo na Internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2017 [acessado 2019 jan 12]. Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/novembro/22/Guia-Pratico-de-Hanseniase-WEB.pdf
Silva DRX, Ignotti E, Souza-Santos R, Hacon SS. Hanseníase, condições sociais e desmatamento na Amazônia brasileira. Rev Panam Salud Publica [periódico na Internet]. 2010 [acessado 2019 jan 10]; 27(4): [cerca de 8 p.]. Disponível em: https://www.scielosp.org/pdf/rpsp/2010.v27n4/268-275/pt
Magalhães MCC, Rojas LI. Diferenciação territorial da hanseníase no Brasil. Epidemiologia e Serviços de Saúde [periódico na Internet]. 2007 [acessado 2019 jan 10]; 16(2): [cerca de 10 p.]. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/pdf/ess/v16n2/v16n2a02.pdf
Bastos WM. Características sociodemográficas e epidemiológicas da Hanseníase do município de Palmas – Tocantins [dissertação]. Salvador (BA), Universidade Federal da Bahia; 2017 [acessado 2019 jan 13]. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/25732/1/DISSERTA%C3%87%C3%83O%20FINAL%20MP.%20Whisllay%20Bastos.%202017.pdf
Novato KM, Grangeiro AM, Mello BC, Fagundes FRQO. Perfil epidemiológico da hanseníase no estado do Tocantins no período de 2014 a 2016. Revista de Patologia do Tocantins [periódico na Internet]. 2019 [acessado 2020 ago 05]; 6(4): [cerca de 5 p.]. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/patologia/article/view/8008/16449 Acesso em: 05/08/2020.
Brasil. Ministério da Saúde. Manual de Vigilância da Leishmaniose Tegumentar [arquivo na Internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2017 [acessado 2019 jan 14]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_leishmaniose_tegumentar.pdf
Andrade Filho JD, Valente MB, Andrade WAD, Brazil R P, Falcão AL. Phlebotomine sand flies in the State of Tocantins, Brazil (Diptera: Psychodidae). Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical [serial on the Internet]. 2001 [cited 2019 Jan 14]; 34(4): [about 7 p.]. Available from: http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v34n4/5412.pdf
Vale ECS, Furtado T. Leishmaniose tegumentar no Brasil: revisão histórica da origem, expansão e etiologia. An Bras Dermatol [periódico na Internet]. 2005 [acessado 2019 jan 14]; 80(4): [cerca de 8 p.]. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/%0D/abd/v80n4/v80n4a15.pdf
Costa JML. Epidemiologia das Leishmanioses no Brasil. Gaz. méd. Bahia [periódico na Internet]. 2005 [acessado 2019 jan 14]; 75(1): [cerca de 15 p.]. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9808
Brasil. Ministério da Saúde. Leishmaniose Visceral: recomendações clínicas para redução da letalidade [arquivo na Internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2011 [acessado 2019 jan 14]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/leishmaniose_visceral_reducao_letalidade.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. Manual de vigilância e controle da Leishmaniose Visceral [arquivo na Internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2014 [acessado 2019 jan 14]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_controle_leishmaniose_visceral_1edicao.pdf
Glória MRB. Leishmaniose Visceral: situação epidemiológica e distribuição espacial, município de Palmas, Tocantins [dissertação]. Rio de Janeiro (RJ), FIOCRUZ/ENSP; 2006 [acessado 2019 jan 14]. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/4788/2/889.pdf
Fontoura IG; Fontoura, VM; Nascimento, LFC. Análise espacial da ocorrência de leishmaniose visceral no estado do Tocantins, Brasil. Rev. Ambient. Água [periódico na Internet]. 2016 [acessado 2019 jan 14]; 11(suplemento). Disponível em: https://www.redalyc.org/html/928/92852596006/
Brasil. Ministério da Saúde. Manual técnico para o controle da tuberculose: cadernos de atenção básica [arquivo na Internet]. 6. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2002 [acessado 2019 jan 13]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_tecnico_controle_tuberculose_cab6.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil [arquivo na Internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2011 [acessado 2019 jan 12]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_recomendacoes_controle_tuberculose_brasil.pdf
Hijjar MA, Oliveira MJPR, Teixeira GM. A tuberculose no Brasil e no mundo. Bol. Pneumol. Sanit. [periódico na Internet]. 2001 [acessado 2019 jan 13]; 9(2): [cerca de 8 p.]. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?pid=s0103-460x2001000200003&script=sci_arttext
Brasil. Ministério da Saúde. Experiências de Programas de Controle da Tuberculose: ‘Porque juntos iremos detectar, tratar e acabar com a tuberculose como problema de saúde pública no Brasil’. Boletim Epidemiológico [periódico na Internet]. 2018 [acessado 2019 jan 01]; 49(37). Disponível em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/outubro/05/Vol.49%20N%C2%BA%2036.pdf
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2021 Saúde em Redes
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais para artigos publicados neste periódico são do autor, com os direitos de publicação para o periódico. Este periódico é de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no link a seguir https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR).