A Covid-19 não é democrática: determinação social do processo saúde-doença numa análise de gênero-raça-classe-sexualidade
DOI:
https://doi.org/10.18310/2446-4813.2023v9n1.4113Resumen
A disseminação da COVID-19 no Brasil se estabeleceu em um cenário político de importantes retrocessos democráticos e de desmonte da seguridade social. A fim de investigar mais profundamente esse contexto, o campo da saúde possui, historicamente, formulações de modelos teóricos que buscam as compreensões de saúde e doença. Ademais, para explicar as condições de saúde da população através de uma noção mais completa, torna-se fundamental debater sobre o processo de saúde-doença e sua determinação social em uma episteme de gênero-raça-classe-sexualidade, visto que a saúde entendida como amplo desenvolvimento das potencialidades humanas em certo momento histórico, choca-se com as limitações estabelecidas pela estrutura para o alcance dessas capacidades através das desigualdades que marcam a realidade nacional. Os desdobramentos cotidianos e os impactos diretos na vida da população negra, nas mulheres, na população LGBTQIA+ e, de forma geral, na classe trabalhadora na pandemia, com maior número de mortes, afetando em maior grau a saúde mental, as relações de trabalho e familiares, validam de forma concreta a determinação social do processo de saúde-doença. Portanto, o projeto e concepção de saúde precisa se posicionar na disputa de percepção crítica da realidade, e de ação para construir uma sociedade emancipada.Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Saúde em Redes
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Os direitos autorais para artigos publicados neste periódico são do autor, com os direitos de publicação para o periódico. Este periódico é de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no link a seguir https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR).