Sequestro e negligência como política de Estado: Experiências da segunda geração de atingidos pela hanseníase

Autores

  • Glaucia Maricato Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Artur Custódio Moreira de Sousa Fiocruz

DOI:

https://doi.org/10.18310/2446-4813.2018v4n1suplemp153-168

Palavras-chave:

hanseníase, políticas de Estado, parentesco e direitos humanos

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar a experiência de familiares separados durante as políticas de isolamento compulsório das pessoas atingidas pela hanseníase no Brasil. Especificamente, busca-se refletir acerca dos trajetos e desafios enfrentados pelos filhos que foram separados dos pais isolados, além de lançar questões em torno das atuais políticas estatais de reparação aqueles sujeitos.  Esse trabalho está baseado em dados etnográficos coletados ao longo dos últimos cinco anos junto a familiares e filhos, além de dialogar com fontes secundárias. Demonstramos a complexidade das experiências de separação, a forma como ela reverbera no presente e os desafios em face à burocracia do Estado quando o tema são as políticas reparatórias. Refletir sobre a experiências de separação compulsória da segunda geração de atingidos pela hanseníase pode lançar novas questões às atuais políticas estatais dirigidas a usuários de crack; ou seja, trata-se de um convite de aprendizado sobre experiências do passado em busca de um futuro mais justo e para que os mesmos erros não se repitam. 

Biografia do Autor

Glaucia Maricato, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutoranda em Antropologia Social pelaUniversidade Federal do Rio Grande do Sul(PPGAS/UFRGS)

Artur Custódio Moreira de Sousa, Fiocruz

Vice Coordenador nacional do Movimento deReintegração das Pessoas Atingidas pelaHanseníase. Mestrando em Saúde Pública pelaEscola Nacional de Saúde Pública - Fiocruz - RJ.

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Publicado

2018-07-29

Como Citar

Maricato, G., & Moreira de Sousa, A. C. (2018). Sequestro e negligência como política de Estado: Experiências da segunda geração de atingidos pela hanseníase. aúde m edes, 4(1 Suplem), 153–168. https://doi.org/10.18310/2446-4813.2018v4n1suplemp153-168