IMPACTO DAS INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS NAS ALTERAÇÕES FUNCIONAIS DE PACIENTES COM SÍNDROME DA COVID LONGA: UM ESTUDO QUASE-EXPERIMENTAL DO TIPO PRÉ-PÓS

Resumo

Introdução: A Síndrome da COVID-Longa é caracterizada por alterações funcionais persistentes após a infecção pelo vírus, estendendo-se por mais de 12 semanas sem explicação por outros diagnósticos. As principais sequelas incluem comprometimento pulmonar, fadiga, fraqueza muscular, limitações na mobilidade e nas atividades diárias. A intervenção fisioterapêutica, focada em exercícios respiratórios, aeróbicos e resistidos, ancorados em atividades funcionais, pode melhorar essas condições. Objetivo: Verificar as alterações funcionais e analisar a eficácia de um protocolo de intervenção fisioterapêutica em pacientes com Síndrome da COVID-Longa. Métodos: Estudo observacional transversal realizado com pacientes da cidade de Registro-SP, na região do Vale do Ribeira. Foram avaliados perfil sociodemográfico, condições de saúde prévias e funcionalidade dos participantes, antes e após a intervenção fisioterapêutica. Resultados: Houve predominância de mulheres (60,0%) e indivíduos com ensino superior completo (60,0%). Metade dos participantes (50,0%) trabalhava em funções relacionadas ao atendimento ao público. Em média, foram realizados 14 atendimentos por paciente. Houve melhora significativa na distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos (de 325,1 ±94,8m para 422,6 ±120,6m, p<0,05) e na percepção de dispneia. Na escala de Barthel, houve aumento de 91 ± 8,4 para 99 ± 3,2 após o tratamento fisioterapêutico (p<0,05). Conclusão: Os pacientes com Síndrome da COVID-Longa apresentaram disfunções cardiometabólicas, musculoesqueléticas e limitações nas atividades diárias e sociais. A intervenção fisioterapêutica demonstrou eficácia na melhoria do condicionamento cardiorrespiratório, capacidade funcional para o exercício físico, e na participação social dos indivíduos.