Cobertura vacinal de brasileiros e migrantes venezuelanos menores de 2 anos de idade na região fronteiriça do Extremo Norte do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.18310/2446-4813.2021v7n3p219-%20230Palavras-chave:
Cobertura vacinal, Migração Humana, Imigração, Programa Nacional de Imunização.Resumo
O estudo objetivou analisar a cobertura vacinal (CV) dos nacionais e migrantes venezuelanos menores de 2 anos de idade em uma região de fronteira, no período de janeiro a dezembro de 2018. Utilizando-se de metodologia quantitativa, transversal do tipo descritiva, a partir de dados secundários públicos. Entre os resultados observou-se que as CVs foram superiores ao preconizado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), demonstrando o aumento de doses aplicadas no período, sendo que o rotavírus humano alcançou cobertura total de 160,67%, a pneumocócica 10 e vacina injetável contra a poliomielite obtiveram, entre os venezuelanos, respectivamente os valores 287,92%, 72.47% (n=258), 150,84% 91 (n=16). A vacina febre amarela alcançou cobertura de 147,19% (n=694) e a tríplice viral (dose 1) obteve CV total de 328,09%. Frisa-se que nesse período foram realizadas ações de bloqueio como estratégia de combate ao surto de sarampo registrado em 2018. No que se refere à taxa de abandono observou-se que todas as vacinas alcançaram valores maiores que o referencial (?10%) para alto risco, entre os migrantes venezuelanos, já entre os brasileiros os valores de referência foram todos negativos. Os dados obtidos neste estudo nos permitiram identificar uma cobertura vacinal exorbitante no município, relacionada ao processo migratório dos venezuelanos para o Brasil, no entanto evidenciou também uma fragilidade no sistema de registro dos vacinados, de forma que a falta da informação nacionalidade não permite obter a cobertura vacinal da população estimada para o município, dificultando os processos de planejamento tanto para aquisição de imunobiológicos e insumos, quanto para as estratégias de manutenção dos indicadores.Referências
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